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“Grande exercício” de vacinação de professores será este fim-de-semana

António Pedro Santos / Lusa

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues

O ministro da Educação disse, esta segunda-feira, que o “grande exercício” de vacinação contra a covid-19 de professores decorre no próximo fim-de-semana.

“O grande exercício será no fim-de-semana do 10 e do 11 [de abril]. Obviamente que esperamos que todos possam ser vacinados durante esse fim-de-semana, porque sabemos que existe uma grande concentração de esforços um pouco por todo o país, para que possam ser vacinados” nos centros de saúde, nas escolas ou em centros de vacinação, afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

O governante discursava após a inauguração do Centro Escolar de Carvoeira, em Caxarias, concelho de Ourém, no dia em que os alunos dos 2.º e 3.º ciclos retomaram as aulas presenciais, no âmbito da segunda fase do plano de desconfinamento do país devido à pandemia de covid-19.

“Neste momento temos as listas que já foram providenciadas ao Ministério da Saúde e depois esperamos que durante esses dois dias, sábado e domingo, num enorme esforço, possam ser, efetivamente, vacinados todos os docentes do 2.º e 3.º ciclos, também os não docentes, também os mesmos profissionais do ensino secundário e, eventualmente, aqueles que não puderam ser vacinados por alguma vicissitude” no fim-de-semana de 27 e 28 de março, adiantou o ministro.

Brandão Rodrigues recordou que no fim-de-semana anterior à Páscoa foram vacinados “os professores do 1.º ciclo, os educadores do pré-escolar e depois todo o pessoal não docente, incluindo também os da escola a tempo inteiro”.

“Se eventualmente alguém ficou de fora, foi identificado para entrar neste próximo exercício”, nos dias 10 e 11 de abril, “onde o grande objetivo é, por um lado, poder recuperar eventuais profissionais que poderiam ter já sido vacinados no fim de semana anterior e depois todos aqueles que trabalham no 2.º e 3.º ciclos e também no ensino secundário, pessoal docente e não docente”, reiterou o ministro.

“Acredito que a ‘task force’ responsável pela vacinação, que já tem as listas do Ministério da Educação de todos aqueles que são elegíveis para a vacinação, está também a preparar este exercício”, declarou.

Para o governante, este é “um exercício importante” para “escalar o processo de vacinação em todo o país”.

Questionado sobre as palavras do secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, que esta segunda-feira defendeu turmas com menos alunos para assegurar melhorias na aprendizagem e o cumprimento das regras de distanciamento, Tiago Brandão Rodrigues salientou que o Ministério está “com um processo de diminuição do número de alunos por turma”.

“Começámos – também com o acordo parlamentar em 2018 – a diminuir o número de alunos por turma”, referiu, acrescentando que este ano há mais 3300 professores nas escolas, que “resulta do esforço” feito “no início do ano para aumentar o número das tutorias, para aumentar o crédito horário das escolas e isso implica também a possibilidade de as escolas fazerem coadjuvações e cumprirem o seu projeto pedagógico com outra extensão”.

Segundo o governante, há, igualmente, desde julho de 2020, “mais 8100 funcionários, pessoal não docente”, nas escolas, o que traz “outro ânimo e outra capacidade às nossas escolas para darem resposta também às vicissitudes desta pandemia”.

Vacinação dos últimos 9000 bombeiros a partir de dia 12

No mesmo dia, a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, disse que os nove mil bombeiros que estão ainda por vacinar começam a receber as vacinas na próxima segunda-feira.

No âmbito da luta contra a pandemia já foram vacinados numa primeira fase 15 mil bombeiros, devendo começar a segunda fase no próximo dia 12, disse a responsável aos jornalistas no final da cerimónia de posse da nova direção da Escola Nacional de Bombeiros, em Ranholas, no concelho de Sintra.

Patrícia Gaspar assegurou que os nove mil bombeiros são os que faltam para concluir a vacinação de todos os que estão “na linha operacional” e disse que a primeira dose de vacinação já confere “um elevado grau de imunização”, pelo que é com base nessa informação que o planeamento de combate aos fogos está a ser feito.

“Estamos ainda numa fase em que as vacinas estão a chegar gradualmente. Grande parte dos bombeiros já vão ser vacinados com a segunda dose a tempo do dispositivo (especial de combate aos fogos) e estou convencida que estão perfeitamente reunidas as condições de segurança exigidas para este setor e para que os bombeiros possam, em segurança, também conseguir cumprir a sua missão, à semelhança do que já foi feito no ano passado, mesmo quando ainda não havia vacinas”, disse Patrícia Gaspar.

ZAP // Lusa

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