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Governo venezuelano cria mercados ao ar livre para combater escassez de produtos

Lex Arias / Flickr

Mercado em Caracas, na Venezuela

Mercado em Caracas, na Venezuela

O Governo venezuelano anunciou este domingo ter disponibilizado 415 toneladas de produtos de primeira necessidade, a “preços justos”, em mercados ao ar livre criados hoje em várias regiões do país.

A medida é uma iniciativa para combater a escassez de bens na Venezuela e reduzir as cada vez mais longas filas de clientes nos supermercados.

“Atendemos umas 66 mil pessoas com esta atividade, em 44 mercados ao ar livre em todo o território nacional. Distribuímos 415 mil quilogramas de produtos”, disse Iván Bello,  ministro venezuelano da Alimentação.

Iván Bello falava aos jornalistas junto a um dos mercados, em Monte Piedade, no populoso bairro pobre 23 de Enero, no centro da cidade de Caracas.

Segundo o ministro, entre os bens distribuídos contavam-se alimentos como leite, café, frango, pernil de porco, arroz, sardinhas em lata, margarina, massa, óleo vegetal e farinha de milho pré-cozida.

“O povo tem demonstrado elevados níveis de consciência. Os venezuelanos querem que se solucione a conjuntura económica, estamos nas ruas para que o povo sinta que está a ser atendido”, frisou.

Na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas dos cidadãos relativas a dificuldades para conseguir, no mercado local, alguns produtos essenciais como detergente, açúcar, leite em pó, óleo vegetal, café, farinha de milho pré-cozida, papel higiénico e fraldas descartáveis para crianças, entre outros.

Nos últimos dias, multiplicaram-se significativamente as já tradicionais filas de clientes às portas de supermercados para comprar os produtos que escasseiam e que muitas vezes nem chegam a ser colocados à venda nas prateleiras.

Este domingo eram visíveis longas filas de pessoas junto das grandes redes de supermercados, entre eles os estatais Bicentenário.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou em dezembro um plano de recuperação económica, que inclui um novo sistema de controlo cambial, mais investimento social e cortes na despesa pública do país, que entrou em recessão.

/Lusa

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