Um dos novos administradores que o Governo nomeou para o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro, António João Paredes, é um militante que esteve envolvido no processo de fichas falsas do PS de Coimbra.
A notícia, avançada pelo jornal Público, aponta que João Paredes, arguido no processo de falsificação de documentos, num total de 57 fichas de inscrição no PS com o objetivo de beneficiar o candidato Pedro Coimbra – que hoje é deputado -, não chegou a ir a julgamento.
Em 2016, o Ministério Público determinou a suspensão provisória do processo de fichas falsas de militantes do PS, apesar de ter concluído que 18 militantes terão cometido o crime de falsificação. A denúncia no processo de fichas falsa do PS partiu de Cristina Martins, na altura secretária coordenadora da Sé Nova do partido, em 2002.
As partes envolvidas acordaram a suspensão do processo, aprovada pelo Tribunal de Instrução de Coimbra, em Fevereiro de 2016. Os 18 arguidos não foram a julgamento, mas ficaram obrigados ao pagamento de quantias a associações e instituições ou ao cumprimento de trabalho comunitário, aponta o diário.
António João Paredes, militante do PS na Figueira da Foz e dirigente da distrital do PS de Coimbra, é o novo administrador do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro, antigo Hospital Rovisco Pais. É formado em Ciências Sociais e tem uma pós graduação em Gestão de Saúde.
João Paredes diz que o convite para a administração do antigo hospital é um regresso à saúde, uma área que conhece bem. João Paredes foi assessor de Manuel Pizarro quando este foi secretário de Estado-adjunto da Saúde.
Então continuou no partido. E os outros também. Ainda há quem veja no PS um partido limpo, com toda a porcaria que já saiu e a que continua lá? É preciso um abanão amplo nas legislativas, senhores do povo.