A CP – Comboios de Portugal poderá funcionar com perturbações ao longo do verão devido à falta de comboios. Apesar de terem sido tomadas algumas medidas na área da manutenção, subsistem insuficiências.
“Podem verificar-se perturbações” durante dos meses de verão, disse o ministério das Infraestruturas liderado por Pedro Nuno Santos, ao jornal Expresso, explicando que as medidas que foram postas em curso não resolvem de forma imediata todas as carências. Ainda assim, o Governo espera que as melhorias se façam sentir na capacidade de resposta da CP e que permitam evitar uma situação como a que se viveu no último verão.
O Ministério das Infraestruturas e o Ministério das Finanças anunciaram, esta sexta-feira, que a CP estava autorizada a contratar trabalhadores para a área comercial e outras áreas ao final do mês de junho, tendo em vista a redução dos gastos com horas suplementares e a substituição de trabalhadores que saíram da empresa.
Esta tinha sido uma das razões invocadas pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante para a greve de dois dias marcada para o início da próxima semana e que esta manhã desconvocada.
Além das contratações, os dois ministérios dizem ainda que, em paralelo, iniciaram-se em abril as negociações para um novo acordo de empresa e regulamento de carreiras da empresa.
Hoje, também em comunicado, o Governo tinha anunciado que “está a analisar e desenvolver um conjunto de medidas” para responder às necessidades operacionais e de pessoal da CP, reafirmando a “prioridade na ferrovia” como forma de promover a mobilidade.
Os ministérios das Finanças e das Infraestruturas e da Habitação, em comunicado conjunto, afirmaram que o Governo reconhece “a importância da ferrovia enquanto instrumento imprescindível de mobilidade” e está “a analisar e desenvolver um conjunto de medidas com vista a corresponder às necessidades — operacionais e de recursos humanos — do transporte ferroviário CP”.