Gouveia e Melo: muito se fala dele. E quando ele começar a falar?

Miguel A. Lopes/ Lusa

Henrique Gouveia e Melo

Almirante voltou a aparecer como claro favorito às próximas eleições presidenciais. Mas o que pensa sobre política?

Se as eleições presidenciais 2026 fossem já em 2024, teriam um vencedor claro: Henrique Gouveia e Melo.

A sondagem partilhada pela CNN na quarta-feira passada confirma que o almirante está na frente nas projecções.

Desta vez conseguiu 21% das intenções de voto, bem à frente de Passos Coelho (14,7%) ou Marques Mendes (10,6%).

Mais atrás aparecem André Ventura, Mário Centeno, Ana Gomes e Augusto Santos Silva – todos abaixo das 10% das preferências.

Refira-se que nenhuma destas personalidades já anunciou que vai ser candidato à presidência da República.

O próprio Gouveia e Melo, na última entrevista que cedeu, voltou a não responder. E explicou porque continua no silêncio: “Não vou responder a essa pergunta porque não posso dizer ‘sim’“ – lembrando que militares no activo não podem envolver-se na política.

O seu mandato enquanto Chefe do Estado-Maior da Armada termina no dia 28 de Dezembro deste ano. Ou seja, até lá continuaremos sem saber a sua decisão.

E, até lá, continuaremos sem saber qual é a sua opinião sobre política, economia, ensino, defesa, saúde…

Ricardo Araújo Pereira lembra o caso de Fernando Nobre: quando foi candidato a presidente da República (2011), era presidente da AMI, um reconhecido líder na área da saúde, mas depois “teve que manifestar opiniões – e é aí que os problemas começam“.

Na SIC Notícias, o comentador não duvida de que o seu papel na vacinação anti-COVID foi essencial, “bem feito”, mas depois ouvimos as recentes entrevistas e reparamos que não correram muito bem.

“Vão-lhe pôr o microfone à frente e ele vai ser forçado a dizer coisas, a manifestar opiniões, a explicar posições… E isso tem um potencial maior para repelir“, antevê Ricardo.

Gouveia e Melo disse, ainda em 2021, que não sentia a “necessidade” de deixar qualquer contributo à política, até porque… “daria um péssimo político“.

ZAP //

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