“Quem não andar distraído percebe há meses que a candidatura vai surgir”, disse Marques Mendes na SIC. Ainda assim, o Almirante não o demove: caso seja “útil ao país” e tenha “condições políticas”, vai apresentar candidatura a Belém.
Após afirmar que não quer ser reconduzido chefe do Estado-Maior da Armada, o Almirante Gouveia e Melo deixa a porta cada vez mais aberta à candidatura a Belém em março. No espaço de comentário da SIC, Luís Marques Mendes, potencial candidato pelo PSD, disse que o general “não altera nada” na sua decisão.
O ex-líder do PSD disse ainda que não se sente “nada dependente” das decisões de “A, B ou C” sobre a candidatura à presidência da República. Ainda assim, não vê surpresa na candidatura do Almirante: “acho que as notícias dos jornais estão certas”, disse. Quem não andar distraído percebe há meses que a candidatura vai surgir. Pelo menos do verão para cá não tenho nenhuma dúvida”.
Sobre se isso influenciará a sua própria candidatura, Marques Mendes garantiu: “A mim? Não, isso não. Pelo menos desde o verão que isso não oferece nenhuma dúvida, e já falei depois do verão”. Disse estar, tal como o Almirante, em fase de “ponderação” e relembrou que se candidatará caso reúna duas condições: ter “condições políticas” e ser capaz de ter “alguma utilidade ao país”: “no próximo ano direi”, garante Marques Mendes.
Sobre outras possíveis candidaturas a Belém, nomeadamente a de António José Seguro e Mário Centeno, disse ainda que essa “é uma decisão de cada um, tomada no seu tempo e com os seus argumentos próprios”.
O comentador político disse mesmo que não seria “normal” o CDS apoiar um candidato diferente do PSD — no caso, Gouveia e Melo — uma vez que os dois partidos fazem parte da mesma coligação, mas reconhece que “pode acontecer, são partidos diferentes”.