As empresas norte-americanas Starbucks, Google, Uber e Airbnb decidiram enfrentar as medidas anti-imigração de Donald Trump e vão oferecer emprego e apoio financeiro aos imigrantes que residem nos EUA.
O diretor executivo da Starbucks, Howard Schultz, já anunciou que pretende contratar 10 mil refugiados ao longo dos próximos cinco anos e que fará o seu melhor para que os seus funcionários não sejam afetados por outras decisões de Trump.
“Existem mais de 65 milhões de cidadãos do mundo reconhecidos como refugiados pelas Nações Unidas e nós estamos a desenvolver planos para contratar 10 mil pessoas em 75 países onde a Starbucks está presente”, afirmou à EFE.
“Somos todos obrigados a assegurar que os nossos políticos eleitos nos ouçam individualmente e coletivamente. A Starbucks está a fazer a sua parte”, adiantou Schultz.
Já o fundador da Airbnb, Brian Chesky, disse que a sua empresa vai fornecer alojamento gratuito aos refugiados e a qualquer pessoa que não seja autorizada nos EUA.
“Temos 3 milhões de casas, por isso podemos definitivamente encontrar um lugar para essas pessoas ficarem”, afirmou Chesky em comunicado.
A Google também se mostrou indignada com as restrições apresentadas por Trump e anunciou que criou um fundo de 4 milhões de dólares destinados a organizações que lidam com imigrantes.
Mas não é só. Várias outras empresas tecnológicas norte-americanas estão contra a nova política, como a Uber, que também vai criar um fundo 3 milhões de dólares para ajudar os motoristas que forem afetados pelas medidas de Trump.
Travis Kalanick, dirigente da Uber, comprometeu-se a levantar a questão numa reunião prevista para sexta-feira, em Washington, com um círculo de grandes empregadores norte-americanos criado por Trump para o aconselhar sobre política económica.
Outras empresas como a Tesla, Facebook, Apple e a Microsoft também já expressaram a sua indignação com a polémica decisão do Presidente dos EUA através das redes sociais ou em manifestações nas ruas.
A ordem executiva assinada por Trump na sexta-feira proíbe a entrada a todos os refugiados durante 120 dias, assim como a todos os cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Síria, Líbia, Sudão, Irão, Iraque, Somália e Iémen) durante 90 dias.
Fogem o fisco “forte e feio”, prejudicando todos os contribuintes nos países onde operam, mas depois preocupam-se com os emigrantes!…
Que bonito….