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Gil Vicente 0-1 Benfica | Vlachodimos segura liderança

O Benfica regressou às vitórias na Liga NOS e recuperou a liderança na tabela classificativa.

Na visita ao Gil Vicente, os “encarnados” ganharam por 1-0, num jogo que foi tudo menos fácil para os campeões nacionais.

O golo solitário surgiu cedo, aos 15 minutos, por Carlos Vinícius, e quando parecia que as coisas estavam bem encaminhadas para uma boa prestação, os minhotos souberam reagir e causar calafrios, terminando o desafio com mais remates e com várias situações de perigo.

Valeu às “águias” Odysseas Vlachodimos, que voltou a ser decisivo face às persistentes debilidades defensivas da equipa lisboeta.

O jogo explicado em números

  • O Benfica surgiu em Barcelos com um figurino algo diferente do habitual. Julian Weigl regressou à equipa, Samaris assumiu a titularidade, saindo Franco Cervi, e com Taarabt a jogar mais nas costas de Carlos Vinícius. Rafa Silva e Pizzi, nas alas, surgiam muitas vezes no meio, com os laterais Álex Grimaldo e Tomás Tavares a funcionarem como autênticos extremos.
  • Este esquema permitiu à equipa benfiquista surgir mais sólida no meio-campo nos minutos iniciais, empurrando o Gil Vicente para a sua grande área, registando as “águias” 63% de posse de bola quando atingido o primeiro quarto-de-hora. E foi nesta altura que o Benfica chegou ao golo.
  • Taarabt caiu na esquerda, trabalhou bem e cruzou para a grande área, onde surgiu Carlos Vinícius, sem marcação, a cabecear para o golo. Um tento que surgiu ao segundo remate do jogo, primeiro enquadrado. O Gil respondeu aos 18 minutos, com Baraye a atirar ao lado, em plena grande área.
  • Vlachodimos, por duas vezes, negou o golo a Kraev e a Sandro Lima no espaço de poucos segundos, numa altura em que os homens da casa começavam a ameaçar no ataque. Ao ponto de o guardião grego ser, à meia-hora, o jogador em evidência, com o rating mais elevado.
  • O “keeper” benfiquista registava um 6.9, fruto de quatro defesas, três a remates na sua grande área, uma a disparo ao ângulo. Nesta fase o Gil tinha sete disparos contra três do Benfica (4-2 em enquadrados). O reforço benfiquista do “miolo” parecia não estar a ter o efeito desejado.
  • O Benfica surgiu nesta partida com o meio-campo reforçado, com Weigl, Samaris e Taarabt (apesar de este surgir em zonas mais ofensivas), mas os problemas defensivos das “águias” continuaram.
  • A equipa “encarnada” começou bem a partida, com mais bola e alguns bons lances, marcou cedo, mas o Gil foi mais perigoso, chegando ao intervalo com mais do dobro dos remates, com o dobro dos enquadrados e com o triplo dos cantos.
  • Vlachodimos foi o melhor em campo nesta primeira fase, com um GoalPoint Rating de 6.8, fruto de quatro defesas (já o máximo da jornada 22), três a remates na sua grande área, um a disparo ao ângulo.
  • O Benfica regressou e logo teve uma boa ocasião, com Vinícius a isolar-se, mas a perder tempo e a permitir a recuperação defensiva contrária, rematando para um corte que impediu um golo que parecia certo. Mas rapidamente o jogo regressou à toada anterior.
  • A hora de jogo chegou com o Benfica com mais bola (59%), mas o Gil com mais remates (quatro contra três) e os dois únicos disparos enquadrados do segundo tempo. Mas nesta altura do jogo, o grande momento esteve nos pés de Taarabt, com o marroquino, na grande área, a dominar com o peito, a fazer a bola passar por cima de um defesa, antes de rematar forte à barra da baliza de Denis.
  • O Benfica ia mandando no jogo e, por volta dos 70 minutos, já havia estancado um pouco o futebol gilista, aumentando para 63% a posse de bola. Mas ofensivamente os mesmos problemas, com os da casa a fecharem todos os caminhos para a sua baliza e a anular os atacantes visitantes – nenhum dos quatro remates benfiquistas nesta fase saíram na direcção da baliza.
  • Nos últimos dez minutos, o Gil assumiu um pouco as despesas de jogo, equilibrando a posse de bola, mas nesta fase já o Benfica havia assumido a necessidade de não arriscar e de fechar os caminhos para a sua baliza. E a melhor ocasião até surgiu na outra baliza, nos descontos, com Cervi, isolado, a não conseguir bater Denis.

Estela Silva / Lusa

O melhor em campo GoalPoint

Vira o disco e toca o mesmo. Apesar da tentativa de Bruno Lage em reforçar o meio-campo e debelar os problemas defensivos que a sua equipa tem apresentado, a verdade é que o Benfica continuou a mostrar uma permeabilidade assinalável, terminando o Gil Vicente com mais remates, bem como mais enquadrados.

Por isso, não espanta que Vlachodimos tenha sido o melhor em campo, salvando as “águias” de novo resultado negativo.

O grego registou um GoalPoint Rating de 7.7, fruto de sete defesas, o máximo da ronda 22, quatro delas a remates na sua grande área, tirando ainda uma bola que se encaminhava para o ângulo superior da sua baliza. E ainda registou duas saídas pelo ar eficazes.

Jogadores em foco

  • Pizzi 7.5 – Jogo muito competente do médio, apesar de não ter sido decisivo quanto a golos, a marcar ou a assistir. O brigantino fez três remates, nenhum enquadrado, criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, realizou três desarmes e foi o jogador que mais faltas sofreu (5).
  • Ferro 6.3 – Desta vez, Ferro esteve consistente. O central mostrou a confiança que lhe tem faltado noutras ocasiões, com seis recuperações de posse e 11 acções defensivas, entre elas três desarmes e outras tantas intercepções. E ainda fez um passe para finalização.
  • Andreas Samaris 6.1 – O grego regressou à titularidade e cumpriu, tendo saído lesionado perto do fim. Ganhou três de cinco duelos aéreos defensivos, somou sete acções defensivas e esteve bem nos passes progressivos, registando nove. E fez um passe para finalização.
  • Claude Gonçalves 6.1 – O médio foi o melhor do Gil Vicente. Para além de dois passes para finalização, falhou apenas duas de 33 entregas, teve sucesso nos quatro passes longos e fez seis progressivos.
  • Adel Taarabt 6.2 – O marroquino jogou em terrenos mais adiantados, tendo, por isso, surgido menos no jogo em momentos de organização e até de recuperação. Mas no final registou a assistência para o golo de Vinícius, acertou uma vez na barra em dois remates e fez seis recuperações de posse.
  • Carlos Vinícius 6.0 – O avançado brasileiro saiu na segunda parte, lesionado, algo que terá deixado o treinador Bruno Lage com uma dor de cabeça. Vinícius fez o único golo do jogo e ganhou três dos cinco duelos aéreos ofensivos em que participou.

Resumo

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