As empresas Apple, Microsoft, Google e Amazon compraram ouro extraído ilegalmente de terras indígenas brasileiras, revelou uma investigação jornalística publicada no portal Repórter Brasil.
Segundo a reportagem, publicada na segunda-feira, em 2020 e 2021 essas empresas compraram ouro de diversas refinadoras. Uma delas é a italiana Chimet, investigada pela Polícia Federal brasileira por ser destino do minério extraído ilegalmente da terra indígena Kayapó, e da empresa Marsam, cuja fornecedora é acusada pelo Ministério Público Federal de provocar danos ambientais devido à aquisição de ouro ilegal.
A extração mineira em terras indígenas brasileiras viola a Constituição do país.
O portal descobriu que os gigantes tecnológicos tinham adquirido o ouro obtido de forma ilegal devido aos documentos enviados pelas quatro empresas à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), onde constam a lista de fornecedores desse minério, além de estanho, tungsténio e tântalo.
Apenas a Apple respondeu sobre o caso, indicando, em maio, que os seus “padrões de fornecimento responsável são os melhores do setor e proíbem estritamente o uso de minerais extraídos ilegalmente”. Depois meses depois, a empresa disse ter removido a Marsam da lista de fornecedores. A Chimet continua.
A mineração ilegal é considerada pelos ambientalistas como uma das principais ameaças à Amazónia brasileira. Alguns países têm regulamentações que controlam a importação de ouro e outros minerais extraídos de áreas de alto risco, como reservas indígenas, mas o Brasil não está nessa lista.
Sou brasileiro, e somos taxados de não cuidar das florestas.
As florestas brasileiras ocupam uma enorme área de terras, maior que muitos países europeus juntos.
E vem mega indústrias internacionais retirar de forma ilegal recursos, e para conseguir acesso tem que desmatar.
É fácil acusar, na hora de ajudar não fazem nada, na verdade são os verdadeiros culpados do desmatamento.