O gestor das redes sociais do Chega viu a sua conta pessoal ser suspensa pelo Twitter. Na semana passada, apresentou-se em tribunal devido ao processo movido pela família do Bairro da Jamaica.
“Falta muito mato para desbravar. Não restará nem um esquerdopata no fim. Amen.” Este tweet, de 8 de janeiro, é um exemplo do tipo de publicações partilhadas por Luc Mombito, que viu a sua conta pessoal no Twitter ser suspensa, avança o Diário de Notícias.
Segundo o jornal, poderá ter sido este tipo de publicações que motivou a suspensão, mas também pelo facto de o gestor de redes sociais do Chega se assumir como um negacionista da pandemia, que o Twitter tem considerado motivo de suspensão.
“Eu espero e rezo nunca vir a ser vacinado com essas tretas das vacinas da covid-19″, escreveu, a 15 de março.
Ao contrário do que acontece com a maioria das suspensões, na quais a conta fica na mesma visível, a conta de Mombito está inacessível, podendo ler-se que se trata de uma “conta suspensa” e que “o Twitter suspende as contas que violam as regras”.
O DN entrou em contacto com a equipa de comunicação desta rede social para saber o motivo da suspensão, mas ainda não obteve resposta.
Segundo o mesmo jornal, Mombito, que já se assumiu como um “faz tudo do partido”, esteve, na última segunda-feira, no Tribunal Cível de Lisboa para, na qualidade de testemunha, atestar ter sido o autor de um tweet com data de 22 de janeiro, na conta oficial do partido, e pelo qual o Chega foi processado.
O tweet em causa foi entretanto apagado, mas insistia na ideia veiculada por André Ventura no debate televisivo com Marcelo Rebelo de Sousa, no qual exibiu uma fotografia do Presidente da República com um grupo de pessoas no Bairro da Jamaica, a quem chamou “bandidos”.