Quando questionados sobre as consequências do fim da geringonça, os portugueses dividem-se. Os dados são do barómetro da Intercampus.
O divórcio da geringonça consumou-se aquando do chumbo Orçamento do Estado para 2022. BE, PCP, PEV juntaram-se à direita, travando a proposta do Governo e precipitando a dissolução da Assembleia da República e eleições antecipadas.
O barómetro da Intercampus para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã indica que o fim da geringonça é “mau” para 48% dos portugueses e “bom” para 42,6%.
Para 46% dos inquiridos, o aspeto mais positivo da solução governativa dos últimos seis anos foi o aumento continuado do salário mínimo.
Note-se que o SMN passou dos 505 euros em 2015 para 665 euros este ano, um aumento acumulado superior a 30% – 160 euros em termos nominais.
Em segundo lugar surge o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e em terceiro o aumento das pensões.
Já quanto aos aspetos negativos evidenciados pelos portugueses, destaca-se o aumento da extrema-direita (33,5%). Também o crescimento do peso do Estado na economia é visto como uma desvantagem por 30% dos inquiridos.
O barómetro da Intercampus recolheu 612 entrevistas telefónicas de 5 a 11 de novembro. O erro máximo da amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de cerca de 4,0%.