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General Electric despede milhares de funcionários. Mas CEO pode receber bónus de 38 milhões

Empresa norte-americana General Electric (GE), envolvida no fabrico de motores de aeronaves, despediu milhares durante a pandemia mas diretor executivo poderá receber um bónus de 38 milhões de euros.

O diretor executivo da GE, Larry Culp, poderá receber um bónus de 47 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de euros), apesar de o grupo estar a despedir milhares de funcionários depois de más decisões de gestão, noticiou a agência Lusa esta quinta-feira.

O bónus de Larry Culp, que está desde 01 de outubro de 2018 à frente do grupo, poderia chegar até aos 230 milhões de dólares (cerca de 187 milhões de euros) se o CEO conseguisse atingir os objetivos financeiros da empresa, segundo documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, consultados pela France-Presse.

O responsável também recebeu quase 25 milhões de dólares (pouco mais de 20 milhões de euros) em compensações, em 2019.

Este ano, em plena crise do setor da aviação por causa da pandemia e que afetou o grupo – fabricante para os motores LEAP em parceria com o grupo francês Safran -, a GE alterou, em 18 de agosto, o contrato do diretor executivo, com novos termos que eram melhores em relação ao contrato assinado em 2018.

O contrato foi estendido até 2024 com a opção adicional de mais um ano, e as metas financeiras estabelecidas inicialmente acabaram por ser reduzidas, tornando menos ambiciosa a tarefa para a qual Larry Culp tinha sido inicialmente contratado.

O bónus de 230 milhões de dólares é atingível se o diretor executivo subir para 17 dólares (cerca de 13 euros) cada ação da GE, abaixo dos 31 dólares (cerca de 25 euros) inicialmente previstos no contrato. Com a meta traçada até 2025, Culp não terá dificuldade em atingir este valor, que poderá ser impulsionada pela eventual recuperação da economia mundial e que terá um impacto positivo também na GE.

Entretanto, o grupo – afetado pela pandemia, que obrigou à imposição de restrições ao espaço aéreo de vários países para conter a disseminação do SARS-CoV-2 – começou uma restruturação que teve maior expressão nos milhares de funcionários despedidos.

// Lusa

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