A polícia de Roma está a pedir ajuda à Associação Vizinhos de Lisboa para encontrar o graffiter Geco, cujas pinturas e autocolantes se podem ver por toda a capital portuguesa, e que está em investigação em Itália.
A Polícia Local de Roma contactou a Associação Vizinhos em Lisboa para obter mais informações sobre a misteriosa pessoa – ou grupo . que cobriu Lisboa de murais, tags e autocolantes, apenas com o nome enigmático “Geco”.
No e-mail, ao qual o jornal Público teve acesso, o núcleo de ambiente da polícia informa que está a decorrer uma investigação na capital italiana para descobrir a sua real identidade. “Precisamos de conhecer os danos ao património que o tal Geco causou no território de Lisboa e de eventuais medidas tomadas pelas vossas autoridades”, lê-se.
A associação enviou uma extensa lista de ocorrências abertas entre meados de 2018 e o fim de 2019 no portal “Na Minha Rua”, criado pela Câmara de Lisboa para alertar para problemas na via pública, e juntou meia centena de fotografias com tags, pinturas e autocolantes encontrados só na freguesia do Areeiro.
A associação incluiu ainda uma fotografia de um homem a escrever a palavra “Geco” numa parede lisboeta, que alegadamente será o autor ou o líder do grupo responsável pelas pinturas. Essa fotografia também já está na posse da Polícia Municipal lisboeta.
Em outubro de 2018, a Associação Vizinhos em Lisboa apresentou uma queixa-crime que viria a ser arquivada pelo Ministério Público português um ano mais tarde, com o argumento de que não tinha sido possível “obter indícios suficientes de quem foram os agentes do crime denunciado, uma vez que ninguém presenciou a sua prática.”
De acordo com uma entrevista publicada em 2018 pelo jornal O Corvo, Geco será um italiano que tinha 27 anos à época e que chegara a Lisboa em meados de 2016.