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Astrónomos detetam minúscula galáxia anã (com muito mais matéria escura do que era suposto)

Anirudh Chiti / MIT

A vizinhança da galáxia anã Tucana II

A pequena e antiga galáxia anã Tucana II, que orbita a nossa Via Láctea, guarda um grande segredo: o seu halo de matéria escura é muito mais massivo do que os cientistas pensavam.

Tucana II é uma das galáxias anãs mais primitivas conhecidas. Quando os astrónomos identificaram as estrelas à volta do seu núcleo, que possui um baixo teor em metal, questionaram-se sobre a possibilidade de a galáxia abrigar outras estrelas ainda mais antigas.

Para testar essa teoria, os cientistas analisaram as imagens do Telescópio SkyMapper, que revelaram estrelas na periferia de Tucana II, longe do centro, mas na atração gravitacional da minúscula galáxia.

Esta é a primeira evidência de que Tucana II hospeda um halo de matéria escura estendido. “Sem matéria escura, as galáxias separar-se-iam. É um ingrediente crucial para fazer uma galáxia e mantê-la unida”, disse Anirudh Chiti, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), autor do artigo publicado recentemente na Nature Communications.

“Sabemos que o material está lá porque, para que os sistemas permaneçam ligados, deve haver mais do que aquilo que percebemos a partir da luz das estrelas. Sem ele, as galáxias que conhecemos, ou pelo menos as coisas que as circundam, separar-se-iam”, continuou Chiti.

Segundo o Science Alert, a descoberta de estrelas na borda da galáxia indica que as primeiras galáxias do Universo também eram estendidas e mais massivas do que se pensava anteriormente.

Em comunicado, o investigador acrescentou que “Tucana II tem muito mais massa do que pensávamos”, o que “significa que outras galáxias têm, provavelmente, este tipo de halos estendidos”.

A análise também permitiu concluir que as estrelas são mais primitivas do que as estrelas no centro da galáxia, a primeira prova do desequilíbrio estelar numa galáxia anã ultra fraca. Esta configuração única sugere que a galáxia pode mesmo ser o resultado de uma das primeiras fusões do Universo.

Liliana Malainho, ZAP //

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