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O futuro, a admiração por Ronaldo e a difícil situação do Barça. Messi abre o livro

Alejandro Garcia / EPA

O futebolista argentino Lionel Messi admitiu no domingo ainda não ter decidido o seu futuro, considerando que será difícil ao FC Barcelona recuperar o nível que o levou, por exemplo, a ser o melhor clube da Europa.

“Ainda não decidi (o meu futuro). Ao dia de hoje estou concentrado, não penso em como a época vai terminar”, disse o atleta, que a partir de janeiro pode negociar o seu futuro com outro clube, em entrevista à cadeia de televisão espanhola Sexta.

No verão, Messi protagonizou um braço de ferro com o Barcelona para sair, desejo reforçado pela saída do uruguaio Luis Suárez, seu companheiro no ataque e o melhor amigo no balneário, que rumou ao Atlético Madrid.

“Já tinha decidido antes de mandarem embora o Luis Suárez, mas pareceu-me uma loucura o que fizeram, pela forma como saiu. Foi de graça, pagaram-lhe o contrato para ir para uma equipa que luta pelos mesmos objetivos que nós”, criticou.

A instabilidade vivida no clube – o presidente Josep Maria Bartomeu, com quem esteve em litígio, acabou por sair – ajuda a explicar o irregular início de época dos catalães, atuais quintos classificados a oito pontos do líder Atlético de Madrid, e com um jogo a mais do que os ‘colchoneros’. “O clube está muito mal e será difícil colocá-lo de volta ao nível em que esteve”, admitiu Messi, seis vezes Bola de Ouro.

O atleta de 33 anos assume que o Barcelona é a sua “vida”, o clube no qual aprendeu “tudo” e com o qual mantém uma “relação de amor” há cerca de duas décadas, contudo no verão entendeu que “era a hora de mudar”.

É uma decisão extremamente difícil, pois não acredito que haja no mundo uma cidade melhor para viver”, disse o argentino, que optou por não ir para tribunal com o clube, “apesar de muitos advogados” lhe garantirem que ganharia o caso.

Duras críticas a Bartomeu

Messi deixou duras críticas à ação de Bartomeu: “O presidente disse naquela época que não queria que eu fosse embora e deixou que corressem boatos na imprensa para me fazer passar pelo bandido”.

O jogador esclareceu que não votará nas eleições de janeiro, apesar de o poder fazer enquanto sócio, e entende ser “difícil trazer jogadores para reforçar a equipa de Ronald Koeman, “porque é necessário dinheiro que não há”. E deixou a garantia de que será “impossível” mudar-se um dia para o Real Madrid.

Na mesma entrevista, disse ainda admirar vários desportistas, apontando o nome do internacional português Cristiano Ronaldo no mundo do futebol.

“Quando comecei a ser profissional, deixei de lado o adepto que tinha em mim. Agora a minha paixão são os meus filhos. Admiro muitos desportistas. Rafa Nadal, Federer, LeBron James… Em todos os desportos há atletas admiráveis pelo seu trabalho. Cristiano [Ronaldo] no futebol, também”, atirou Messi.

ZAP // Lusa

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