Alguns furacões atravessam o oceano Atlântico e chegam até à Europa. Agora já sabemos quais são os mais propensos a que isto aconteça.
Os furacões, um dos mais temidos eventos naturais, são resultantes da combinação de uma série de fatores atmosféricos e geográficos. Sempre que uma região é atingida por um fenómeno como esse, os efeitos são rapidamente sentidos, com a devastação de casas, áreas naturais e, em alguns casos, várias mortes.
Recentemente, o furacão Ian obrigou 50 mil pessoas a abandonarem as suas casas em Cuba. Por sua vez, o furacão Fiona provocou 16 mortos em Porto Rico. Além da Ásia, a América do Norte e as Caraíbas são zonas particularmente afetadas por este fenómeno. Ainda assim, há sempre o risco de chegarem à Europa.
Até agora, não sabíamos ao certo quais eram os furacões com maiores chances de atravesse o oceano Atlântico até ao Velho Continente.
Contudo, um novo estudo publicado na revista Monthly Weather Review, da American Meteorological Society, revela que furacões mais fortes que voltam a ganhar força devido a correntes de jato têm duas vezes mais probabilidade de atingir a Europa.
Os investigadores analisaram dados de furacões de 180 tempestades nos últimos 40 anos, descobrindo que tempestades mais fortes têm maior potencial de cruzar o Atlântico.
“Ex-furacões são bastante raros na Europa, mas podem ser eventos mortais e destrutivos, tornando muito importante que entendamos melhor porque é que chegam ao outro lado do oceano”, diz o autor principal Elliott Sainsbury, num comunicado de imprensa.
“O nosso estudo mostra furacões mais fortes, e furacões que são reenergizados pela corrente de jato sobre o Atlântico têm muito maior probabilidade de atingir a Europa. Eles aparentemente mantêm alguma memória da sua força nos trópicos”, acrescenta, citado pela Discover Magazine.
Algumas das tempestades mais fortes já registadas na Europa são de ex-furacões. Exemplos disso foram o furacão Ofélia, em 2017, ou o furacão Katia, em 2011.