O furacão Matthew, considerado o mais intenso a atingir as Caraíbas na última década, já provocou 25 mortos ao passar por Cuba, República Dominicana, pelo Haiti e pelas Bahamas – e agora segue em direção à Florida, nos Estados Unidos.
Devido aos temporais provocados pelo furacão, pelo menos 21 pessoas morreram no Haiti, e o país suspendeu as eleições presidenciais marcadas para o próximo domingo.
Matthew atingiu o Haiti e o território cubano na última terça-feira, com ventos de 230 quilómetros por hora, devastando cidades e áreas de cultivo.
Entretanto, o furacão já atingiu as Bahamas com ventos de 208 km/h e segue em direção à Florida – podendo alcançar ventos entre 210 e 249 quilómetros por hora.
O presidente norte-americano, Barack Obama, disse, esta quinta-feira, que a situação é “séria” e recomendou que todas as áreas sejam “evacuadas sem hesitação”.
Segundo o Centro Nacional de Furacões de Miami, o furacão pode passar à categoria 4, quando se aproximar da costa norte-americana – o que significa que a força dos ventos poderá chegar aos 250 quilómetros por hora.
O governador da Florida, Rick Scott, disse que o Matthew pode ser o furacão mais destrutivo no estado desde a passagem do furacão Andrew, em 1992.
Antes de ordenar o deslocamento, os estados da Florida, da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do Norte decretaram estado de emergência.
As aulas foram suspensas em várias localidades dos Estados Unidos e cerca de 2 milhões de pessoas que moram no litoral da Florida, da Carolina do Sul e da Geórgia já estão a deslocar-se para o interior do país.
Nestes locais, o trânsito está bastante condicionado e alguns postos de gasolina tiveram de encerrar por falta de combustível devido à grande procura.
Numa preparação para a chegada do furacão aos EUA, o serviço norte-americano de meteorologia alertou a população para a possibilidade de “perdas de vida” e “imenso sofrimento humano” para quem não tomar as medidas de precaução sugeridas pelas autoridades.
O serviço de meteorologia também advertiu para o risco de danos em residências e em prédios públicos e informou que alguns locais poderão ficar “inabitáveis durante várias semanas”.
Este é considerado o furacão mais poderoso formado no oceano Atlântico desde 2007.
ZAP / Ciberia