Funcionários da Google e da Amazon fazem cirurgia para ficar mais altos

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Um cirurgião plástico norte-americano, que realiza cirurgias para aumentar a altura, admitiu que parte dos seus pacientes são funcionários de empresas de tecnologia como a Google, a Amazon, a Microsoft e a Meta.

Kevin Debiparshad é o fundador da LimbplastX, uma clínica em Las Vegas, nos Estados Unidos (EUA), onde é realizado um procedimento que aumenta o comprimento das pernas em cerca de 7 centímetros.

De acordo com o Entrepreneur, o cirurgião implanta pinos de titânio no canal intramedular do fémur, que permitem depois alongá-lo. Após esse procedimento, e caso o paciente queira ter mais 15 centímetros, pode ser feito também um alongamento da tíbia.

A operação custa entre 70.000 e 150.000 dólares, dependendo de quantos centímetros o paciente quer crescer. Este pode voltar à rotina normal algumas semanas após a cirurgia.

Segundo o artigo, o procedimento passa por fracionar o fémur e inserir os pinos. Estes são depois alongados um pouco a cada dia, até se atingir a altura desejada. O processo completo demora cerca de um ano, período após o qual os pinos são retirados, por um custo adicional que fica entre 14.000 e 20.000 dólares.

À GQ, Kevin Debiparshad disse que recorrem à Debiparshad pacientes de todas as indústrias, mas os funcionários ligados à tecnologia lideram a lista. Costumo “brincar” e dizer “que podia abrir uma empresa de tecnologia”, referiu à revista.

“Tenho 20 engenheiros de software a fazer este procedimento neste momento, que estão aqui em Las Vegas. Ontem veio uma jovem do PayPal. Tenho pacientes da Google, Amazon, Facebook, Microsoft. Já tive vários pacientes da Microsoft”, indicou ainda o cirurgião.

À primeira vista, a altura parece não influenciar o mercado de trabalho. Mas o cenário pode não ser bem esse. Pesquisas sobre a discriminação sistémica nas decisões de contratação demonstraram que os empregadores podem rejeitar candidatos mais baixos, mesmo se o seu currículo for semelhante a um candidato mais alto, revelou um artigo publicado recentemente no ZAP.

Citado no artigo, o professor Omer Kimhi, da Faculdade de Direito da Universidade de Haifa, em Israel, indicou que que preconceito relacionado à altura tem raízes evolutivas, devido à importância da força e da estatura no reino animal.

Já Erin Pritchard, professora de Estudos das Deficiências e integrante do Centro de Estudos das Deficiências e Cultura da Universidade Hope de Liverpool, no Reino Unido, afirmou que preservamos a discriminação pela altura de diversas formas na sociedade moderna.

A discriminação por altura chega a infiltrar na linguagem, que é repleta de expressões que salientam as virtudes de ser alto e associam qualidades negativas à baixa estatura. “Estar por baixo”, por exemplo, quer dizer “fracassar”, enquanto “ficar por cima” significa “vencer”.

ZAP //

3 Comments

  1. Se o anão russo soubesse disto… Hihi, se calhar deixava de ter complexos de inferioridade e parava de tentar agredir outros países irmãos ali ao lado…

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