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Funcionários que sentem falta de poder no local de trabalho, podem tornar-se agressivos

Quando os funcionários não têm poder no trabalho, podem sentir-se vulneráveis e paranoicos, fazendo com que fiquem agressivos perante colegas e familiares.

Um novo estudo da University at Buffalo School of Management, nos Estados Unidos, descobriu que a falta de poder no local de trabalho pode fazer com que os funcionários se tornem agressivos.

“A história está cheia de exemplos de indivíduos com pouco poder a serem subjugados e objetivados, fazendo com que muitas pessoas associem baixo poder à vulnerabilidade”, disse Min-Hsuan Tu, professor assistente de organização e recursos humanos na Escola de Gestão da Universidade de Buffalo.

A pesquisa realizada pela nossa equipa mostra que “quando os funcionários pensam que lhes falta poder no local de trabalho, podem sentir-se ameaçados e tornar-se paranoicos”, o que é um sentimento comum, acrescentou.

Para testar o fenómeno, os investigadores realizaram duas experiências com mais de 2.300 pessoas, escreve o SciTechDaily. Na primeira, foi pedido aos participantes que pensassem em situações de trabalho do seu passado e que avaliassem o seu sentido de poder, sentimento de paranoia, e comportamento no geral; na segunda, realizada ao longo de duas semanas, foi analisado como é que os sentimentos de poder de funcionários de uma empresa afetavam o seu nível de paranoia e as suas vidas no local trabalho e em casa.

Os resultados mostraram que os níveis de paranoia aumentaram à medida que as pessoas sentiam menos poder no trabalho.

Além disso, os indivíduos que tinham menos poder e, consequentemente, se sentiam mais paranoicos, tinham maior probabilidade de se envolver em formas suaves de agressão, como serem desagradáveis ou críticos para com um colega de trabalho, queixarem-se de tarefas de trabalho ou desperdiçarem propositadamente os recursos da empresa. Alguns até levaram a agressividade para casa, zangando-se com um membro da família.

“A paranoia pode levar as pessoas a interpretar interações benignas – um colega que não diz ‘olá’ no corredor – como ofensivas”, disse Tu.

“Mesmo sem qualquer interação, algumas pessoas podem preocupar-se que outras estejam a falar nas suas costas ou a conspirar contra si”, acrescentou o autor principal do estudo.

Os investigadores descobriram, contudo, dois factores que contrariam sentimentos de baixo poder: o estatuto socioeconómico e cultura do local de trabalho.

Os indivíduos com estatuto socioeconómico mais elevado, e aqueles que se sentiam apoiados pela sua empresa e gestor, tinham menor probabilidade de sentir paranoia do que outros com níveis de poder semelhantes.

“Sentir-se impotente e vulnerável é comum e muitas vezes motivado por experiências subtis”, disse Tu, acrescentando que, por isso, é que é especialmente importante que os líderes criem um ambiente de trabalho de apoio, atribuindo recursos e oferecendo promoções justas, reforçando as relações supervisor-subordinado e eliminando os factores de stress no trabalho”.

ZAP //

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