O número não é sempre o mesmo, o conteúdo da conversa também vai variando, mas a ideia é sempre a mesma: roubar dados.
As tentativas de burla e de fraude, quer pelo telefone, quer pela internet, continuam a ser assunto frequente.
E as ideias para concretizar esses crimes, aparentemente, também nunca acabam.
Um dos casos mais recentes são telefonemas, que muitas vezes são feitos de madrugada, e em que a pessoa do outro lado está a falar em inglês, habitualmente.
O jornal Observador avisa que estas chamadas suspeitas estão a aumentar em Portugal.
A pessoa atende, ouve uma gravação automática, que avisa que o seu cartão de identificação nacional foi roubado.
Noutros telefonemas, mas dentro do mesmo esquema, liga alguém que alega que é do apoio técnico de uma empresa multinacional ou ligada às criptomoedas.
O número (internacional) não é sempre o mesmo; chegam telefonemas do Luxemburgo, dos Países Baixos, da Bélgica, da França ou mesmo de outros continentes.
O conteúdo da conversa também vai variando, sempre com situações falsas.
Mas a ideia é sempre a mesma: roubar dados.
Nas chamadas sobre o alegado roubo do cartão de idenficação, a vítima ouve que é preciso confirmar alguns dados; no segundo caso, ouve que é preciso reactivar a conta e que, por isso, precisa de indicar dados. Em ambos, muitas vezes do outro lado já há alguns dados sobre a pessoa, para tentar convencer que o caso é real.
O CERT.PT, que integra o Centro Nacional de Cibersegurança, admite que este método está a aumentar em Portugal. Mas tranquiliza um aspecto: atender não é um problema; o problema é fornecer dados.
Esses dados e essas informações pessoais, tal como noutros esquemas, servem para os criminosos clonar cartões ou conseguir empréstimos bancários em nome da vítima, em princípio.