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Jovens holandeses não colocam o seu nome como tomador do seguro; fica mais barato. Seguradoras já estão a reagir.
O esquema tem a designação fronting. Em português podemos traduzir como “fraude por fachada”. Ou seja, alguém que aparece “à frente”, mas não é a pessoa em causa.
Costuma ser um termo utilizado para descrever uma pessoa, ou grupo, utiliza outra para realizar transacções ou actividades ilegais; esconde assim a sua própria identidade ou a da sua organização.
É uma pessoa, ou uma empresa, que realiza transacções em nome de outra pessoa ou organização, com o objectivo de esconder a identidade real do beneficiário ou a fonte dos fundos.
Aqui não é bem uma actividade ilegal, não estão em causa desvios de dinheiro. Mas é, no mínimo, duvidoso: é andar de mota com um seguro que não está no nome de quem está a conduzir.
Nos Países Baixos, este esquema está a espalhar-se entre os adolescentes: compram uma mota, têm um seguro (até aí, tudo normal). Mas o nome que aparece no contrato não é o do adolescente. É da mãe, ou do pai.
E esse sistema está a ser cada vez mais frequente. O alerta foi dado nesta segunda-feira, num comunicado de imprensa emitido pela Univé, que lhe chama “fraude da idade”.
Só ao longo dos cinco primeiros meses deste ano, 20% dos pedidos de novos seguros foram feitos com este esquema, nos Países Baixos. Eram 12% há dois anos e 15% no ano passado. Está a subir de forma visível.
A maioria destes casos regista-se em jovens de 16 anos que conduzem Vespa (52% do total de contratos). A Univé estima que, até ao final deste ano, mais de metade dos jovens de 16 anos se envolva neste esquema.
Há um motivo para os adolescentes tomarem esta opção: dinheiro. Como são pouco ou nada experientes na estrada, é mais provável causarem um acidente. Por isso, o valor da apólice é mais elevado, o seguro é mais caro.
Ao colocarem a mãe ou o pai (ou irmão mais velho) como tomador do seguro, a apólice fica mais barata.
A seguradora já anunciou que vai tomar medidas mais rigorosas. Até porque “se isto for feito de forma consciente, é tecnicamente uma forma de fraude de seguros“, assinala a Univé, citada no NL Times.
Este “problema amplo de mercado”, continua a seguradora (que não é a única afectada), vai ser combatido: o valor do seguro já subiu para 1.000 euros, mas isso não chega – agora a empresa vai começar a excluir da cobertura os danos que, comprovadamente, tenham sido causados por um condutor jovem e que não esteja registado como condutor na seguradora.
Quando é um adolescente a causar danos (e não é ele ou ela o tomador do seguro), esses danos ficam excluídos por completo do contrato.
As seguradoras querem tudo e têm de ganhar sempre!!… Infelizmente!
Já que está regulamentado ser obrigatório, então que seja regulamentado no sentido de terem tectos máximos de valor/custo!
Cá, ou lá, com 16 anos, é-se menor e com a necessidade de estudar e sem trabalho, dificilmente serão os jovens a pagar os seus próprios seguros… ou seja, são os pais/tutores. Se são eles a pagar, porque não serem os tomadores? (ainda que não como condutores habituais)
Se deixam os seguros inacessíveis, ou os jovens não podem ter moto e recorrem aos pais, sendo que assim, a seguradora faz seguros para menos veículos, ou então, facilitam as coisas e reduzem valores e passam a fazer seguros para muito mais motos!
Se querem extorquir tudo, já que é obrigatório, então a malta, quando se fartar de ser pisada, pode perfeitamente juntar-se e a cada ano escolher, à vez, uma seguradora para ser excluída… rodando por todas…, Queria ver as seguradoras a aguentarem os prejuízos durante um ano sem contractos… e depois a do lado… e assim sucessivamente…
Tem de haver equilíbrio e decência! Principalmente de quem está numa posição de força… Ganhem o que for justo, mas não exijam mais!
Uma seguradora é como qualquer outra empresa, existe para lucrar. Os contratos têm cláusulas, se podem poupar uns trocos e depois rebentar em noitadas também podem pagar pelo próprio seguro. “Seguro não paga acidente que filha teve com carro da mãe” Equilíbrio e decência é coisa que pouco se vê neste país. Se houver menos a fazer seguros o pagamento irá aumentar em novos contratos, é uma questão de lógica. Agora que poderia haver legislação que impedisse que um jovem esteja a ser penalizado por estar a fazer seguro, isso já seria outra história. No entanto a nível de telecomunicações é o contrário, se for mais velho tem menos tráfego para gastar e paga o mesmo ou ainda mais.
O seguro deverá ser feito pelo proprietário e as seguradoras se querem defender-se colocam agravamento de x por % em função de condutores diferentes do proprietário/contratado.
Se o seguro é obrigatório e tem seguro tem que pagar…
A informação não explica se é danos próprios ou responsabilidade civil, em danos próprios é que a situação poderá ser diferente.
Mas a lei não obriga a que o seguro seja feito em nome do titular do veículo?
Apenas se aplica a lei…
Se o dono do veículo é o tutor como se pode fazer o seguro em nome do menor, se isto não é legal, pois não é o proprietário do veículo.
Além disso, quantos menores tem posses para comprar um veículo de mais de 3000€, se não for com um paitrocinio?!?!?