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Fotografia incrível tirada na EEI mostra “rio de ferrugem” de Madagáscar

NASA

A imagem mostra o rio Betsiboka, o maior de Madagáscar, e a sua icónica cor alaranjada.

Numa passagem pela órbita da Terra, um astronauta estacionado na Estação Espacial Internacional (ISS) fotografou uma imagem para lá de cativante: é o rio Betsiboka, cujas águas têm um tom vermelho-alaranjado, dando a aparência de ferrugem. Isso acontece porque os sedimentos do fluxo fluvial são ricos em ferro, tingindo a paisagem presente na ilha de Madagascar.

A divulgação do registo foi feita no último dia 30, pela NASA. A agência americana informou que a ISS está, no momento, em órbita baixa, ficando a aproximadamente rio Betsiboka e levando 90 minutos, em média, para dar cada volta ao redor do planeta. Isso possibilitou a captura da foto do rio malgaxe, que também é muito importante para o ecossistema marinho local.

O rio Betsiboka e a natureza

Complementando as informações sobre a ISS, a NASA também comentou sobre o rio Betsiboka. Segundo a agência, os sedimentos ferrosos podem ser prejudiciais a estuários — local onde a água doce desagua no mar e se mistura com a água salgada —, já que pode acabar por represar córregos do delta. Noutras ocasiões, o mineral pode formar ilhas novas, que acabam colonizadas pelos manguezais.

E lá por ter uma cor de ferrugem, isso não quer dizer que o rio não tem biodiversidade. O seu estuário é fonte de alimentos, como angiospermas marinhas (também conhecidas como ervas marinhas), importantíssimas para a tartaruga-verde (Chelonia mydas), atualmente ameaçada de extinção, assim como para os dugongos (Dugong dugon), animal da família do peixe-boi que é cada vez mais raro.

Para completar, a artéria fluvial do Betsiboka torna-o o maior rio do país, abarcando 525 km, desde a capital (Antananarivo) até a baía de Bombetoka. A coloração incomum atrai turistas, mas, apesar da beleza, há um aspecto trágico: é possível que as ações humanas possam ser a causa do tom enferrujado de suas águas, já que a desflorestação causou grandes erosões, atirando sedimentos do solo — rico em ferro — no rio.

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