No início deste ano, uma equipa de cientistas descobriram anunciaram ter descoberto um novo espécie do Cretáceo Inferior na Formação Yixian, na China, que acreditavam ser uma enorme aranha antiga.
O fóssil acabou por ser vendido ao Museu de História Natural de Dalian, na China, e os seus membros acreditavam que se tratava de um espécime de Mongolarachnidae chaoyangensis, tal como publicaram os especialistas, à época, na revista científica especializada Geological Acta da Sociedade Geológica da China.
Contudo, a “aranha” pré-histórica não passa de uma fraude: trata-se, na verdade, de um lagostim “muito mal preservado” com “algumas pernas pintadas”, conforme adiantou o paleontólogo Paul Selden da Universidade do Kansas, nos EUA, ao portal Science Alert.
O artigo publicado “tinha muito poucos detalhes”, contou o especialista em invertebrados, dando conta que, quando os seus colegas de Pequim lhe emprestaram o espécime para análise, percebeu de imediato que alguma coisa estava errada.
“Faltavam várias partes (…) havia segmentos demais nas seis pernas e olhos enormes”, disse Selden, que levou a cabo uma análise de microscopia de fluorescência do fóssil para confirmar as suas suspeitas iniciais.
Por sua vez, o paleobiólogo Chungkun Shih, da Universidade de Pequim, também notou que esta “aranha” foi encontrada numa zona onde foram também descobertos muitos lagostins do Cretáceo (120-130 milhões de anos).
O especialista disse ainda que esta é uma falsificação bastante credível. Estes achados “são, normalmente, desenterrados por agricultores locais. E elesa sabem quanto dinheiro podem fazer com estes achados”, explicou.
As pessoas que descreveram este achado como uma aranha pré-histórica “são bos paleontologistas”, só “não são especialistas em aranhas”, concluiu Paul Selden.