As formigas conseguiram resolver os engarrafamentos em 52 dos 56 cenários observados no estudo.
A rotina diária de ficar preso num engarrafamento é uma frustração familiar para muitos. Notavelmente, as formigas enfrentam desafios semelhantes de congestionamento, mas, segundo um novo estudo ainda não revisto por pares, exibem métodos astutos de navegar por estes congestionamentos.
Há muito tempo que os cientistas admiram as formigas pelo seu comportamento colaborativo, divisão de tarefas e habilidades de resolução de problemas. Contudo, há poucas pesquisas sobre como as formigas previnem engarrafamentos durante as relocalizações de colónias.
O novo estudo examinou os padrões de movimentação da formiga indiana sem rainha, Diacamma indicum, para desvendar os segredos por trás da sua notável gestão do trânsito.
Para este estudo, os investigadores simularam um cenário de relocalização usando uma arena de plexiglass com uma caixa de nidificação original numa extremidade e uma nova na extremidade oposta. O caminho que as ligava foi intencionalmente estreitado no meio para replicar condições naturais desafiadoras, como as enfrentadas durante as fortes chuvas de monção.
As observações revelaram um fenómeno intrigante. As formigas usam um sistema de “corrida em tandem” onde uma formiga “líder” conhecedora guia uma colega desinformada da antiga para a nova colónia, escreve o IFLScience.
Durante a relocalização, o aumento do movimento bidirecional intensificou a possibilidade de congestionamento, particularmente no caminho de uma única faixa. Observou-se que os líderes que regressavam à antiga colónia eram principalmente responsáveis pelos engarrafamentos, seguidos pelos transportadores de ninhadas e depois pelos seguidores.
Contudo, as formigas demonstraram incrível adaptabilidade. Em 52 dos 56 engarrafamentos observados, as formigas resolveram eficientemente o congestionamento.
Ao enfrentarem um engarrafamento, os líderes que regressavam exibiam duas táticas principais: ou trocavam de papéis com um líder que se estava a relocalizar ou ajudavam os seguidores perdidos, guiando-os em direção ao novo ninho.
Os autores do estudo afirmam que este comportamento das formigas oferece informações valiosas que, quando extrapoladas, poderiam oferecer soluções para os desafios do trânsito humano.