Ford admite que os carros autónomos vão chegar mais tarde do que se pensa

Jim Hackett, presidente da Ford, acredita que a massificação dos carros autónomos não vai acontecer tão cedo quanto se pensa.

O grupo de executivos da indústria automóvel que acredita que a massificação dos carros autónomos não vai acontecer tão cedo quanto se pensa está a crescer, e Jim Hackett acaba de se juntar.

O presidente da Ford não tem dúvidas de que esta tecnologia será “verdadeiramente poderosa” mas nos próximos anos estes veículos terão aplicações muito restritas, uma vez que “os problemas são muito complexos”.

Citado pela Bloomberg, o responsável comentou que a indústria “sobrestimou a chegada dos veículos autónomos”. A Ford antecipa que irá produzir o seu primeiro carro sem condutor já em 2021, mas “a sua utilização será muito restrita, muito geo-limitada, como costumamos dizer”.

No entanto, quando todos os problemas “complexos” forem resolvidos, a tecnologia poderá mudar o mundo – “até a forma como o consumidor recebe a sua pasta de dentes em casa”, ironiza Hackett.

Os comentários do presidente da Ford contrastam, porém, com o otimismo que se tem notado em relação a este assunto. Segundo o Observador, em novembro do ano passado, o presidente-executivo da Waymo (empresa que se autonomizou da Google) reconheceu que “a condução autónoma iria sempre ter alguns constrangimentos” e foi citado a reconhecer que talvez a tecnologia nunca irá desenvolver-se ao ponto de um carro autónomo poder viajar para qualquer lado.

Maarten Sierhuis, ex-quadro da NASA que hoje é o principal responsável pela estratégia tecnológica da Nissan, também comentou recentemente que um automóvel sem participação humana é um “sistema inútil“.

ZAP //

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