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Força Aérea terá 100 milhões pagos pela ANA para sair do Montijo

Mário Cruz / Lusa

A Força Aérea “vai ter 100 milhões de euros”, a pagar pela ANA, para deixar parcialmente a base do Montijo e transferir várias esquadras para Sintra e Beja, disse esta quarta-feira o ministro da Defesa.

João Gomes Cravinho, que intervinha na Comissão parlamentar de Defesa, respondia a um requerimento do PSD sobre a transformação da base aérea do Montijo no aeroporto complementar de Lisboa.

O processo está dependente das conclusões do estudo de impacto ambiental, ainda por terminar, mas o processo está a ser planeado e, “havendo possibilidade de avançar, estaremos em condições de o fazer rapidamente” para “evitar que qualquer atraso seja imputável à Força Aérea”, frisou o governante.

Não haverá custos imputáveis ao orçamento de funcionamento da Força Aérea” para financiar as mudanças, que implicam transferir as esquadras de helicópteros para Sintra e a das aeronaves de transporte C-295 para Beja, precisou Gomes Cravinho, de acordo com o Diário de Notícias.

A esses 100 milhões de euros, “acrescem despesas não suportadas pela Força Aérea” – estimadas em 28 milhões de euros – relacionadas com a deslocalização do terminal militar de Figo Maduro para outra área do aeroporto de Lisboa, informou o ministro da Defesa.

“A Força Aérea só começará” a fazer a mudança quando houver “financiamento disponível” da concessionária do aeroporto e quando esta “entender que há condições para avançar”, sublinhou João Gomes Cravinho.

“Não avançaremos com a relocalização do dispositivo sem a certeza que o aeroporto complementar de Lisboa será no Montijo”, prosseguiu o ministro da Defesa.

João Gomes Cravinho precisou que a esquadra de transporte dos Hércules C-130 – e os seus substitutos, os KC-390 – vai continuar no Montijo, assim como a esquadrilha de helicópteros da Marinha.

O ministro da Defesa adiantou estar a ser criada uma “equipa de projeto” com representantes de vários ministérios e entidades para “acompanhar todas as dimensões” do projeto de abertura da base do Montijo à aviação civil, desde o financiamento às obras e ao seu cronograma ou às alterações na gestão do espaço aéreo.

A continuação do Campo de Tiro de Alcochete “representa uma poupança muito significativa”, da ordem dos 240 milhões de euros, pois o Ministério do Planeamento e a ANA deram garantias de que a atividade naquela estrutura próxima da base do Montijo não será afetada.

Gomes Cravinho reconheceu ainda o grande esforço que todo esse processo representará para os militares da Força Aérea, uma vez que vão continuar a ter de cumprir as outras responsabilidades atribuídas ao ramo.

Essa limitação de “não termos suficientes meios para fazer tudo em simultâneo” obriga a “fazer um planeamento rigoroso e a contratar serviços” externos “quando necessário”, sendo “entendimento que a concessionária será responsável por tudo o que forem obras” relacionadas com a criação do aeroporto complementar de Lisboa no Montijo.

ZAP //

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