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Físicos desvendam o mistério do teletransporte (e não é nada como em Star Trek)

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Enquanto que o teletransporte de pessoas de uma localidade para a outra ainda não é possível, mas o teletransporte quântico de partículas é real já há alguns anos.

Segundo o professor de física e matemática da Universidade de Columbia e cofundador do World Science Festival, Brian Greene, a versão do teletransporte que é usada quase como rotina pelos cientistas está longe de ser a mostrada nos filmes de ficção científica, como em Star Trek, onde o Capitão Kirk, Mr. Spock, Dr. McCoy entre outros, se movimentavam da nave para a superfície de um planeta ou para outras naves teletransportando-se.

Por agora, os cientistas ainda só descobriram como teletransportar partículas individuais: os cientistas pegam numa partícula num determinado local e, em qualquer outro ponto do planeta, criam uma versão idêntica, com exatamente as mesmas propriedades e o mesmo estado quântico.

Esta é a prática conhecida como teletransporte atualmente.

Quer isso dizer que, essencialmente, o teletransporte de hoje não é mais do que recriar um partícula em qualquer outro lugar. De facto, o próprio processo destrói a partícula inicial, pelo que a única versão dessa partícula que existe quando o processo acaba é aquela que foi criada no segundo ponto.

Por outro lado, um grupo de estudantes de física da Universidade de Leicester, em Inglaterra, calculou a quantidade de “dados” que compõem uma pessoa.

Sem ter em conta questões filosóficas e metafísicas, o grupo baseou-se na quantidade de informações contida no ADN de cada célula – cerca de 10 mil milhões de bits.

Depois, calcularam a quantidade de informações típica de um cérebro humano. O resultado da soma foi 2,6 x 10⁴² bits – ou, para compreender melhor o tamanho, 2.600.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 bits.

Para transferir esses dados com uma conexão de de 29 a 30 GHz (considerada “muito boa”), seriam necessários 4,85 x 10¹⁵ anos, ou seja, 350 vezes a idade atual do universo. A energia necessária nesse processo, claro, seria igualmente absurda.

Por essa razão, até a humanidade ser capaz de teletransportar pessoas ainda vai demorar algum tempo.

Brian Greene, no entanto, sugere que dentro de 500 ou 1000 anos, talvez já exista algo que os humanos possam experimentar. “Se acontecer durante o nosso tempo de vida, eu garanto apenas que não serei a primeira pessoa a entrar nesse dispositivo”.

CF, ZAP // HypeScience

8 Comments

  1. Os mesmos cientistas diziam á 30 anos a trás o mesmo sobre telemóveis, vídeo chamadas, condução autónoma, e outros.

    O mundo evolui a passos largos, veja-se que inclusive se descobriu que a terra gira à volta do sol … quem diria !!!

    • E entretanto, passado tanto tempo e conhecimento novo, é de constatar que o caro amigo Paulo não foi bafejado com a arte da escrita continuando a redigir com os pés

  2. Nesse caso eu já estou no futuro, ao “teletransportar-me” todas as noites nos meus sonhos.
    Na outra noite sonhei que conseguia voar, bastava bater os braços, e vi-me a mim próprio a aterrar numa árvore que estava no meio de um campo verdejante com um lago.
    Acordei! Mas pensei vou “teletransportar-me” para continuar o sonho que era tão bom, e engraçado, comecei a sonhar o mesmo e a ver-me a aterrar novamente na árvore, mas desta vez com mais perícia…..

    • Talvez alguém tão mau que a única solução é começar de novo.
      Uma espécie de pena para criminosos, com a diferença que antes de serem recriados passam por um anti-virus que lhes retira toda a podridão e devolve à sociedade alguém integro.
      Assim elimina-se o criminoso (uma pena de morte amenizada) e os restantes passam a conviver com uma cópia decente.

      • Mas qual era a utilidade disso? Era o mesmo que matar o original e clonar um novo. Mas esta original a ideia lol.

        Pode servir para transportar objetos vá. Seres vivos é que não.

  3. Leigos na matéria discutirem matéria em tela é temerário e ditas previsões de pretensos sábios em física quântica soa inconsistente pois a evolução vertiginosa da tecnologia no séc 21 já mostrou que em tese tudo será possível na ciência atual e do futuro não distante incluindo o teletrasnsporte da matéria no tempo-espaço

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