Finlândia põe líderes europeus a andar de transportes públicos

Promover o uso de transportes públicos, centrar eventos num único local para reduzir as emissões de dióxido de carbono com deslocações, recorrer a produtos locais e da época, usar as novas tecnologias para evitar a impressão de documentos e eliminar o uso de plástico.

Estas foram algumas das medidas que a Finlândia adotou, no âmbito da presidência rotativa da União Europeia (UE) que desempenhará até dezembro, para receber no país eventos como reuniões ministeriais. O anúncio acontece numa altura em que se assiste à desflorestação da Amazónia e ao degelo do Ártico e o objetivo é só um: dar o exemplo para conseguir uma UE mais verde e mais sustentável.

Meses depois de ter sido divulgada uma fotografia que retratou o impressionante processo de degelo no Ártico e alguns dias após o início de fogos de grandes dimensões na maior floresta tropical do mundo, a Amazónia, a presidência finlandesa da UE colocou na agenda dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União o tema das alterações climáticas, no âmbito das reuniões ministeriais que decorreram esta semana, exigindo medidas sustentáveis em torno da segurança e da diplomacia.

O combate às alterações climáticas e a criação de políticas mais amigas do ambiente é, assim, o principal objetivo da presidência finlandesa da UE, mensagem que está, desde logo, espelhada no mote para este semestre: “Europa sustentável, futuro sustentável”.

“Para responder às expectativas dos cidadãos, precisamos fazer mais para promover o crescimento sustentável e combater as alterações climáticas“, anunciou a a presidência finlandesa no programa que criou para este período, entre julho e dezembro deste ano.

Para os finlandeses, “o denominador comum de todas as ações da UE deve ser a sustentabilidade, o que inclui a aplicação dentro e fora da UE da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, criada pelas Nações Unidas. Ao mesmo tempo, “a União deve elevar o seu perfil de líder global em ações climáticas ao adotar uma estratégia climática de longo prazo que vise tornar a UE neutra em carbono até 2050”, considera a presidência finlandesa, que destaca ainda a necessidade de “proteger a região do Ártico”.

ZAP // Lusa

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