Final da “Taça Rúben Amorim”, numa prova que contraria o histórico do FC Porto em finais

Miguel A. Lopes / Lusa

Clássico entre Sporting e FC Porto na final da Taça da Liga, pela segunda vez. Treinador do Sporting é o “rei” de um torneio que o FC Porto nunca venceu.

Sporting e FC Porto jogam mais logo (19h45, em Leiria) a final da 16.ª edição da Taça da Liga. Com arbitragem de João Pinheiro.

É uma reedição da final de 2019, na altura com vitória do Sporting nas grandes penalidades, em Braga.

Um assunto fez praticamente esquecer os outros, em Alvalade: Pedro Porro joga ou não?

A saída do lateral para o Tottenham é dada como certa há alguns dias, mas o treinador Rúben Amorim assegurou que o espanhol vai jogar.

“Sair já não sai porque vai para estágio e estou com ele até ao jogo. O futebol hoje é diferente, mas os clubes estão em primeiro lugar e o jogador está apto a jogar, está inscrito pelo Sporting e vai jogar. Sei que tudo isto mexe com a cabeça dos jogadores, mas a indicação que tenho é que está apto”, disse o treinador do Sporting, em conferência de imprensa.

Além disso, lembrou que este jogo “não se resolve com apenas um jogador” e afirmou que o Sporting “funciona bem como equipa”, apelando à intensidade e à agressividade.

Do outro lado estará Sérgio Conceição, que prevê um duelo com um adversário de “patamar elevadíssimo”.

E nesta final o resultado é mais importante do que a estética: “As pessoas não vão olhar tanto para a beleza do jogo, mas para o resultado”, declarou o treinador do FC Porto.

Históricos bem distintos

Durante anos a Taça da Liga foi classificada como um troféu para o Benfica: o clube da Luz ganhou sete das nove primeiras edições.

Mas a última conquista para a Luz foi em 2016. Nos últimos anos esta passou a ser uma espécie de “Taça Rúben Amorim”.

Enquanto médio, obviamente acompanhou a sequência vitoriosa do Benfica – esteve presente em cinco das sete conquistas. E na única vez que o Benfica foi interrompido nesse percurso, em 2012/13, o autor do feito foi o Sporting de Braga, que tinha no plantel… Rúben Amorim.

Na sua primeira época enquanto treinador, Amorim conquistou logo a Taça da Liga, também ao serviço do clube de Braga. Isto há três anos, em 2020. Nas duas últimas edições foi o Sporting de Rúben Amorim a ficar com o troféu.

Em 15 edições da Taça da Liga, Rúben Amorim venceu nove: seis como jogador, três como treinador. Dois terços foram conquistados pelo técnico do Sporting.

O clube de Alvalade venceu quatro das últimas cinco edições. Aliás, todas as quatro conquistas da Taça da Liga, por parte do Sporting, aconteceram só desde 2018.

O FC Porto já esteve em quatro finais – nunca ganhou. É um contraste em relação ao historial dos portistas, sobretudo em finais europeias: em cinco, só perdeu uma (esquecendo Supertaça Europeia e Taça Intercontinental, onde não há um percurso até à final dentro do próprio torneio).

Mesmo em contexto interno, na Taça de Portugal, a contabilidade é mais equilibrada mas volta a ser a favor dos nortenhos: em 32 finais, ganhou 18.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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