O fim do inverno e as vacinas podem não ser suficientes para travar as novas variantes. Os peritos pedem aos países europeus que acelerem a vacinação dos grupos de risco.
O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) atualizou o grau de risco do SARS-CoV-2 na Europa para “alto a muito alto” entre a população em geral e para “muito elevado” entre as pessoas mais vulneráveis. As alterações constam de um novo relatório publicado esta segunda-feira.
Os especialistas temem que o progresso feito até ao momento no combate à pandemia seja posto em causa pelas variantes, escreve a TSF. Teme-se que o fim do inverno e a vacinação sejam insuficientes para travar as variantes que têm surgido ultimamente.
O relatório alerta que as infeções e as mortes podem aumentar de forma “significativa” nos próximos tempos caso as medidas de distanciamento não continuem ou sejam reforçadas.
“Apesar da vacinação mitigar o efeito de substituição da pandemia com variantes mais transmissíveis e da sazonalidade potencialmente reduzir a transmissão nos meses de verão, relaxar as medidas prematuramente vai levar a um rápido aumento das taxas de incidência, casos severos e mortalidade”, lê-se no documento.
Para mitigar estes problemas, os peritos pedem aos países europeus que acelerem a vacinação dos grupos de risco.
Ainda assim, o ECDC teme que as variantes podem tornar as vacinas recentemente aprovadas “parcialmente” ou mesmo “muito menos” eficazes. As variantes podem mesmo tornar o novo coronavírus mais transmissível e grave.
Um médico da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, na África do Sul, diz que os doentes recuperados da covid-19 podem ser reinfetados com a variante sul-africana do vírus.
Das vacinas conhecidas, cinco já demonstraram ser menos eficazes contra a variante detetada na África do Sul: a da AstraZeneca, a da Johnson & Johnson, da Novavax e tammbém as da Pfizer e da Moderna.