A pandemia não trouxe mais falências, mas, à medida que os apoios públicos forem retirados, o cenário pode alterar.
O número de falências empresariais foi, em 2020, o mais baixo dos últimos anos, graças às medidas de apoio para as empresas lançadas pelo Estado durante a pandemia de covid-19.
No entanto, escreve o Público, à medida que as moratórias, as garantias de crédito e os apoios ao emprego forem sendo retirados, várias empresas que estão no limite da sobrevivência podem começar a declarar falência. Os dados começam já a revelar uma ligeira subida do número de encerramentos de empresas.
De acordo com os dados publicados pela consultora Informa no seu barómetro empresarial, em 2020, o número de falências (não incluindo empresas unipessoais) registadas em Portugal, foi 16,3% menor do que em 2019, com o valor registado a ser o mais baixo desde pelo menos 2014.
Apesar da conjuntura económica, as empresas puderam recorrer a apoios que lhes foram permitindo sobreviver, como o lay-off simplificado, a possibilidade de acesso a empréstimos com garantias públicas ou a possibilidade de beneficiar de moratórias de crédito.
Contudo, pode ainda vir a verificar-se um cenário de aumento de falências assim que as ajudas deixem de existir. “Assim que medidas de apoio forem retiradas, as insolvências de empresas podem disparar“, lê-se no relatório do Comité Europeu do Risco Sistémico (ESRB).
O diário cita um estudo, realizado no final do ano passado pela Allianz e a Euler Hermes, que antecipava que em 2021 se poderia vir a registar um aumento, face aos valores pré-crise de 2019, de 32% nas falências empresariais na Europa Ocidental. Isto significa que as falências que não aconteceram em 2020 podem acumular-se em 2021.
Portugal pode vir a registar o mesmo cenário, pelo menos nos setores que foram mais atingidos pela pandemia, como a hotelaria, a restauração, o setor do comércio e o dos serviços.
A dimensão da vaga de falências depende, porém, de vários fatores, desde logo a força da retoma e a capacidade de cada um dos setores para regressarem rapidamente aos níveis de atividade do passado. A forma como irão ser retirados os apoios que os Estados têm vindo a providenciar também é fulcral, nomeadamente no caso das moratórias, empréstimos com garantia pública e ajudas à manutenção dos empregos.
Várias entidades, a nível nacional e internacional, têm vindo a apelar para que os apoios dos Estados sejam retirados de forma progressiva.
Não, os britânicos já encheram os cofres! 😉
Layoffs é que é bom!
Essas empresas que então se diz que eventualmente vão fechar que fechem, pois só andam de portas abertas se houver subsídios, quer dizer que não são empresas sustentáveis, como onde a minha esposa trabalha há 20 anos com o ordenado mínimo (vergonha) e o patrão cheio dele ainda anda com layoff, mas as empregadas continuam a trabalhar, então se estão em layoff é porque não têm trabalho, mas assim recebe de dois lados, governo e funcionários á borla, acabem com os subsídios ás empresas e dêem o dinheiro ás pessoas é mais rentável.