Hugo Soares, do PSD, começou por dizer que esta é uma vitória de “todos os portugueses”, apontando para a “vitória da Aliança Democrática” e da hipótese de estarmos perante “um dos piores resultados de sempre da esquerda”.

Gonçalo da Câmara Pereira, líder do PPM, também já falou.

“Fiz o meu papel, o papel do PPM foi apostar num líder que falasse por nós. Fazer qualquer coisa era fazer barulho sem necessidade, a nossa voz esteve sempre na boca dele, ele falou por nós”, disse Câmara Pereira.

PS admite ficar “aquém das expectativas”

O secretário-geral adjunto socialista admite que o resultado do PS, conforme as projeções, “ficou, infelizmente, aquém das expectativas” do partido.

João Torres admite o PS trabalhou “com muito empenho e dedicação, mas a democracia é assim mesmo. Agora, o que é fundamental é aguardar pela evolução da divulgação dos resultados e da distribuição dos mandatos de deputados na AR”, reforça.

João Torres saúda ainda a queda da abstenção: “A democracia vence sempre que conseguimos fomentar maior participação dos eleitores, mesmo que ainda haja um longo caminho a fazer. É um dado positivo destas eleições. Uma saudação a todos aqueles que se dirigiram às urnas para votar, nos 50 anos do 25 de Abril.”

“Independentemente do resultado eleitoral, hoje abrir-se-ia sempre um novo ciclo no PS”, reforça.

A ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, diz que o PS deve fazer uma oposição fortíssima ao que aí vem.

“Antevê-se que não será bom para os portugueses. Queria dar um abraço ao secretário-geral. PS deverá estar vigilante ao que pode vir acontecer”, diz, sem responder à questão se o PS iria viabilizar um governo da Aliança Democrática.

Sobre os resultados do Chega, que poderá eleger mais de 40 deputados, Ana Catarina Mendes afirma que é um resultado que “preocupa“. “Respeito os eleitores, mas é evidente que os socialistas que lutaram pela democracia ao longo destes 50 anos devem estar vigilantes”, termina.

Fernando Medina referiu, mais tarde, que a derrota do PS não é de Pedro Nuno Santos, mas “global e assumimos em conjunto”, lamentando a ascensão do Chega.