O Banco Português de Fomento está a trabalhar com vários stakeholders, nomeadamente os bancos, para ter o fim das moratórias em conta com a perspetiva para este e o próximo ano.
Nos próximos tempos, o Banco Português do Fomento vai ter vários desafios, entre os quais “pôr no terreno o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” e o novo programa comunitário 2030, “da melhor forma e para aquilo que as empresas precisam”.
As palavras são, de acordo com o ECO, de Beatriz Freitas, presidente do banco, na conferência CEO Banking Forum, organizada pela Accenture.
Segundo a presidente do banco, o banco está a “trabalhar não só com as empresas, a fazer análise, mas também com stakeholders, principalmente bancos, na saída das moratórias”, de forma a “ter toda esta perspetiva em conta” para este e o próximo ano.
Para Beatriz Freitas, o “grande desafio” vai ser o início de 2022, uma vez que, “quando economia começar efetivamente, em tudo o que está à nossa volta a andar mais rápido, as empresas portuguesas vão ter de ser capazes de acompanhar”.
“Vamos ter de acompanhar economia europeia, mantendo crescimento da economia ao mesmo nível do da Europa”, disse.
Em relação ao que as empresas precisam, “há atualmente uma grande necessidade de produtos de capitalização para as empresas e tecido empresarial”. É nisso que o Banco de Fomento está a trabalhar: “no desenvolvimento e processo de criação dos produtos de capital e quase capital”.
Segundo a presidente, estes serão desenvolvidos “não só com PRR mas também outros instrumentos de dinheiro europeu e nacional que iremos conjugar”.
Em junho de 2020, o primeiro-ministro anunciou que o Governo iria aprovar a fusão da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), do Sistema Português de Garantia Mútua (SPGM) e da PME Investimento para criação do novo banco de fomento.
O objetivo do Executivo era criar “um verdadeiro banco de fomento, que possa apoiar diretamente as empresas sem necessidade de intermediação do sistema bancário”.