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A ferramenta de corte de imagem automática do Twitter favorece brancos e mulheres

Tom Raftery

Depois de alguns utilizadores se terem queixado que a ferramenta de corte de imagem automática do Twitter era tendenciosa, a rede social prometeu reavaliar o seu algoritmo.

Quando os utilizadores começaram a documentar problemas com o algoritmo, o Twitter disse que as suas investigações iniciais não mostraram evidências de preconceito racial ou de género. A mais recente pesquisa pinta, no entanto, um quadro diferente.

O estudo, realizado por três investigadores, salienta que, ao comparar as “preferências” do algoritmo da rede social, a empresa encontrou uma diferença de 8% a favor das mulheres e 4% a favor dos indivíduos brancos.

De acordo com o Engadget, a análise do Twitter citou várias causas possíveis, incluindo questões que envolviam os fundos das imagens ou a cor dos olhos. Apesar disso, a empresa frisou que nenhuma delas é uma desculpa para o problema.

“O corte de imagens baseado em tecnologia de machine learning falha porque restringe a expressão da própria identidade e valores do utilizador, em vez de impor um olhar normativo sobre que parte da imagem pode ser considerada mais interessante”, escreveram os autores.

“Uma das nossas conclusões é que nem tudo no Twitter é um bom candidato para um algoritmo”. Neste caso, “recortar uma imagem é uma decisão melhor tomada por pessoas”.

Para colmatar o problema, o Twitter começou recentemente a mostrar as fotografias em tamanho real no Android e iOS e está a tentar expandir essa iniciativa.

Liliana Malainho, ZAP //

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