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Fernando Santos nunca disse que o 0-0 era bom resultado, “mas se calhar devia tê-lo feito”

Francisco Paraíso / FPF

O selecionador português, Fernando Santos.

Em antevisão ao jogo com a Cróacia, a contar para a Liga das Nações, o selecionador português, Fernando Santos, discordou de quem diz que Portugal jogou à defesa contra a França.

“Compreendo e respeito todas as críticas, mas não tenho de concordar com elas. Essa crítica de que Portugal jogou para empatar acho que não é uma análise séria do jogo. Porque se Portugal tivesse jogado para empatar se calhar não tinha entrado com a equipa que entrou nem jogado daquela forma”, começou por dizer, esta segunda-feira, Fernando Santos.

“O que queremos é ser uma equipa de ataque em posse, manter o adversário lá atrás. E isto tem tido resultados muito bons, fomos campeões da Liga das Nações, fizemos jogos muito bons com esta abordagem. Foi dessa forma que encarámos o jogo com a França. Nunca disse aos jogadores para jogarem em contra-ataque, nunca disse que o 0-0 era bom resultado. Se calhar devia te-lo feito, devia ter montado uma equipa mais atlética e com um jogador rápido na frente, mais vertical”, acrescentou o selecionador nacional.

Fernando Santos admitiu ainda o erro ao deixar “que a França nos empurrasse” e confessou que a equipa está chateada com a derrota.

Agora, com a cabeça no jogo com a Croácia, Fernando Santos admite fazer algumas alterações no onze inicial: “Vamos fazer algumas alterações à equipa, mas vai continuar forte e coesa e à procura de ganhar o jogo”.

“A minha ideia é ganhar, com o enorme respeito que temos pela Croácia. É um jogo importantíssimo. Um adversário de enorme qualidade que nos últimos anos tem sido sempre uma das equipas mais fortes da Europa, é vice-campeão do mundo. Com estas dificuldades temos de ir com tudo o que temos. Tenho 23 jogadores de grandes jogadores e acredito em todos eles”, disse, em conferência de imprensa.

Questionado sobre a falta de jogadores da I Liga portuguesa, o ‘engenheiro’ admitiu que “é bom sinal para Portugal, porque ter jogadores nas melhores equipas é um sinal de qualidade”. Para o selecionador, “isso obviamente tem de ser um orgulho e não um drama”.

ZAP //

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