Paulo Novais / Lusa

O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira
O Ministério da Educação e os sindicatos estiveram reunidos esta quarta-feira, mas os professores não trazem novidades, apenas a intenção de um novo encontro.
A Fenprof não espera soluções para os problemas dos professores e da educação tão cedo, afirmou Mário Nogueira à saída de uma reunião com o ministro da Educação, esta quarta-feira, que não deu “uma única resposta” aos docentes.
“Se entrámos aqui com algumas preocupações, saímos com as mesmas e, nalguns casos, até com preocupações acrescidas, porque não houve respostas“, declarou o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof).
Em declarações aos jornalistas, Mário Nogueira lamentou que o ministro não tenha adiantado esclarecimentos sobre as prioridades para esta legislatura e sobre a concretização de algumas intenções que já foram anunciadas, apesar de Tiago Brandão Rodrigues ter insistido na abertura do Governo para o diálogo.
“O que nos parece é que o senhor ministro considera que o diálogo e a negociação têm que decorrer de acordo com as regras que são impostas pelo Ministério”, reagiu o sindicalista.
Segundo o secretário-geral da Fenprof, a prioridade para a educação deve passar por tornar a profissão de docente atrativa, acrescentando que a falta de professores nas escolas é uma tendência que se está a generalizar e que “se é para continuar assim, a escola vai sofrer”.
Nogueira adiantou ainda que a Fenprof vai manter a greve nacional de professores e educadores no 31 de janeiro e a participação no protesto da função pública, marcado para o mesmo dia, acrescentando que os docentes se vão reunir num plenário nacional no dia 12 de fevereiro para discutir o Orçamento do Estado.
“Para podermos ter respostas, por parte do Ministério, que vão ao encontro dos anseios dos professores e daquilo que é necessário para que as escolas possam organizar-se e possam funcionar bem, os professores vão ter de lutar por isso“, sublinhou.
A Fenprof foi a última estrutura sindical de professores ouvida por Tiago Brandão Rodrigues, num dia que o ministro dedicou aos sindicatos do setor da educação e do ensino.
Horas antes, a Federação Nacional da Educação (FNE) tinha reagido de forma positiva à reunião com a tutela, reconhecendo a disponibilidade para ouvir os sindicatos sobre a organização do próximo ano letivo.
ZAP // Lusa
Notícia será no dia em que o Mário Nogueira lecionar alguma aula. É escandaloso que seja possível alguém ser sindicalista de profissão uma vida inteira. Uma vergonha!