Fenómeno raro: Quatro regiões do Sol foram vistas a explodir em simultâneo

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O Observatório de Dinâmica Solar da NASA captou um fenómeno raro esta terça-feira, 23 de abril. Trata-se de quatro enormes regiões do Sol a explodir em simultâneo.

As erupções do Sol são uma ocorrência comum, especialmente quando estamos perto do pico do ciclo de atividade do Sol, conhecido como o máximo solar.

Durante esta parte do Ciclo de Schawabe, as manchas solares e as ejeções de massa coronal (EMC) ocorrem regularmente, causando, por vezes, auroras espetaculares e apagões de rádio na Terra.

“As manchas solares são áreas onde o campo magnético é cerca de 2.500 vezes mais forte do que o da Terra, muito mais elevado do que em qualquer outra parte do Sol”, explica o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos.

Devido ao forte campo magnético, a pressão magnética aumenta enquanto a pressão atmosférica circundante diminui — o que, por sua vez, baixa a temperatura em relação ao ambiente circundante porque o campo magnético concentrado inibe o fluxo de gás quente e novo do interior do Sol para a superfície.

Segundo o IFL Science, este fenómeno resulta em grandes explosões à superfície. Raramente, podem ocorrer pares de explosões em simultâneo, conhecidas como explosões solares simpáticas.

Pensava-se que eram coincidências, mas uma análise estatística, efetuada em 2002, mostrou que não são. Em vez disso, ocorrem porque estão ligadas através de laços magnéticos.

Mais raramente ainda, podem ocorrer mais do que duas ao mesmo tempo, o que é conhecida como uma explosão solar “super-simpática”.

De momento, não é claro se os detritos das erupções solares irão atingir a Terra, embora o Spaceweather.com informe que, se tal acontecer, será esta sexta-feira, 26 de abril.

Tal como acontece com a maioria das tempestades geomagnéticas, não tem provavelmente nada com que se preocupar.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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