Vice-campeões nacionais já faltaram a dois jogos mas chegaram a acordo com a federação.
O FC Porto anulou os protestos que tem protagonizado contra a Federação Portuguesa de Basquetebol, ao longo dos últimos meses.
A confusão começou em Junho, no dia do último jogo da final da Liga, na época passada. O Sporting foi campeão mas a equipa protagonista nesse dia, no Pavilhão João Rocha, foi a equipa de arbitragem.
A vitória por 86-85 foi marcada por uma jogada a quatro segundos do fim, quando Garrett Nevels queixou-se de ter sofrido falta no momento de um lançamento; a falta não foi assinalada e, no ressalto seguinte, a meio segundo do final, foi assinalada falta (discutível) sobre Micah Downs – o jogador do Sporting marcou um lance livre e o Sporting foi campeão.
As reacções de vários elementos portistas não foram pacíficas: o treinador Moncho López deu um soco na mesa onde estava o troféu e pontapeou dois objetos que estavam perto do banco, Garrett Nevels partiu o troféu e o director Vítor Hugo deixou a ideia de que o FC Porto poderia abandonar o basquetebol na época 2021/22.
Não abandonou mas não apareceu nos jogos para os quais foi nomeado um dos árbitros que estiveram na final com o Sporting. Foram dois: contra a Ovarense em Outubro e frente à Oliveirense, já em Dezembro.
Para esta situação não ser uma regra ao longo da temporada, a direcção do FC Porto reuniu-se com a direcção da Federação Portuguesa de Basquetebol, para chegarem a um compromisso. E chegaram.
Nesta segunda-feira o clube nortenho anunciou em comunicado que revogou a decisão de não participar em jogos com os árbitros da final da época passada.
“Foi consensual a conclusão de que desta situação resultam elevados prejuízos para o prestigio da modalidade”, escreve o FC Porto, informando que a Federação Portuguesa de Basquetebol “manifestou o seu compromisso de intensificar as ações e projetos tendentes à melhoria contínua da qualidade da arbitragem nacional”.
As notas atribuídas aos árbitros vão passar a ser divulgadas publicamente, as nomeações para jogos importantes vão ser divulgadas antecipadamente, vai ser dinamizado um grupo de trabalho criado para analisar decisões dos árbitros e vai ser analisada a possível implementação de “meios tecnológicos necessários para a comunicação entre os elementos da equipa de arbitragem, permitindo o seu registo”.
Este, decididamente não é o meu F.C.Porto !!! Um clube que se subjuga mais uma vez ao poder macrocéfalo das decisões da “capital do império”, não pode esperar no futuro, respeito por organizações sinistras e maquiavélicas !