O FC Porto venceu nesta segunda-feira o Rio Ave por 2-0, num duelo relativo à 16ª jornada da Liga NOS. Luis Díaz, a fechar a primeira parte, e Evanílson, na segunda metade, foram os marcadores de serviço naquele que foi o nono triunfo nas últimas dez rondas da prova.
Mehdi Taremi, no reencontro com a equipa que representou na época passada, esteve envolvido nos lances decisivos. Para o campeonato, há 53 partidas de rajada que os “dragões” marcam em casa. Agora, os campeões nacionais ficam à espera do que irá suceder no dérbi entre Sporting e Benfica.
O jogo explicado em números
- Olhando para as escolhas iniciais de Sérgio Conceição, Sérgio Oliveira e Luis Díaz foram titulares e ocuparam as vagas e Grujic (de início ante o Farense e Gil Vicente) e Otávio (lesionado). Do lado vila-condense, o regressado Miguel Cardoso apostou num meio-campo musculado com as incorporações de Pelé e Filipe Augusto, dupla que teve a companhia do capitão Tarantini. No ataque, Ronan juntou-se a Gelson Dala.
- Logo aos quatro minutos, Luis Díaz ficou próximo de marcar. Na jogada seguinte, Corona também levou perigo à área dos visitantes, que ripostaram ao minuto oito quando Marchesín conseguiu tirar a bola dos pés de Dala. Parada, resposta, Marega atirou ao lado. Aos 15 minutos, os “dragões” tinham 62% da posse, três remates, todos desenquadrados e uma ocasião clara de golo gizada. Ao passo que os rioavistas somavam 38% da posse e nenhum “tiro” registado.
- A equipa da casa continuou a desperdiçar boas ocasiões, a mais flagrante ocorreu aos 28’ minutos. Luis Díaz, isolado perante Kieszek, viu o guardião polaco responder com uma excelente intervenção. Foi a oitava tentativa dos portistas, sendo que apenas duas levaram a direcção da baliza.
- Os campeões nacionais recuperavam a bola com relativa facilidade e conseguiam chegar aos últimos 30 metros com velocidade e em diversas ocasiões, pecando apenas no momento da finalização. Pepe, com 5.8, já tinha um remate, dois passes valiosos, 34 acções com o esférico, três recuperações, uma acção defensiva no meio-campo contrário e duas intercepções. No emblema de Vila do Conde, Filipe Augusto 5.5 era a peça em destaque.
- 11º remate “azul-e-branco” (quarto enquadrado) foi sinónimo de golo. Taremi atirou, Kieszek defendeu e na sequência, Luis Díaz, que tinha estado na génese do lance, finalizou e abriu a contagem aos 44 minutos. Foi o nono “tiro” certeiro do colombiano esta época em todas as competições.
- Ao intervalo, apenas a um minuto do descanso o FC Porto conseguiu desatar o “nó” vila-condense. Os comandados de Sérgio Conceição foram sempre mais perigosos, mas, ao mesmo tempo, demasiado perdulários na hora de visar o alvo.
- A equipa forasteira assustou no primeiro ataque que gizou, mas Dala não teve engenho para ultrapassar Marchesín. Ao cabo da primeira metade, o MVP foi Luis Díaz com um GoalPoint Ratings de 6.5.
- O extremo esteve envolvido em quase todos os lances de perigo dos portistas, tendo acumulado um Expected Goals (xG) de 1,4, rematou em quatro ocasiões, metade das quais enquadrado à baliza, conseguiu um golo, fez dois passes para finalização e seis acções com a bola na área do Rio Ave. O único ponto negativo fora as sete vezes em que perdeu a posse.ce seguinte, o guarda-redes visitante esteve atento e negou o 2-0 a Taremi.
- Apenas aos cinco minuto da etapa final o Rio Ave conseguiu finalizar pela primeira vez um ataque, por intermédio de Gelson Dala, que viu a bola sair por cima do alvo. À beira da hora de jogo, Marega voltou a falhar soberana oportunidade após passe de Corona. Os homens de Miguel Cardoso davam pequenos sinais de vitalidade no ataque, tinham nesta etapa mais bola (51%) e os únicos dois remates registados, ambos saíram dos pés de Dala.
- Após uma enorme defesa de Marchesín, que negou o empate a Dala, segundos depois, um contra-ataque voraz do FC Porto ditou o 2-0. Taremi não deu a bola por perdida e assistiu Evanilson, que na primeira vez que os anfitriões remataram nesta segunda parte ampliou a vantagem, decorriam 75 minutos. O brasileiro, que tinha substituído o desinspirado Marega aos 67 minutos, apontou o terceiro tento nos últimos quatro encontros em que foi suplente utilizado.
- Os detentores do título têm o melhor ataque desta edição da competição, com 39 golos apontados, a equipa marcou em todas as 16 jornadas da Liga NOS. Por seu turno, o Rio Ave apenas venceu um jogo fora de portas, no Algarve, diante do Farense, tendo, ainda, ganho apenas numa ocasião nos últimos dez encontros do campeonato.
O melhor em campo GoalPoint
Luis Díaz não é um titular absoluto, mas quase sempre que lhe é concedida uma oportunidade, rubrica exibições positivas, acrescentando velocidade, criatividade e imprevisibilidade aos “azuis-e-brancos”. Foi o caso desta, na qual abriu a contagem e esteve ligado à corrente. Na retina fica uma recuperação que fez já perto dos 90 minutos.
Em suma, o “cafetero” foi autor de quatro remates, um golo – Expected Goals (xG) de 1,4 -, nove acções com a bola na área contrário (máximo no jogo), dois dribles acertados em quatro tentados, cinco intercepções e quatro acções defensivas no meio-campo contrário. A rever, os quatro maus controlos de bola que registou. Por tudo isto, foi o melhor no palco do Estádio do Dragão, com um GoalPoint Rating de 7.2.
Jogadores em Foco
- Evanílson 6.5 – Em apenas 25 minutos voltou a dizer presente. Letal na área, precisou de apenas uma oportunidade para marcar. Além de fazer o gosto ao pé, contabilizou oito ações com bola. Terá mais minutos de qualidade?
- Pepe 6.3 – A voz de comando no centro da defesa, voltou a exibir-se a um ótimo nível, sempre seguro e veloz. Foi autor de três interceções, quatro alívios e ainda bloqueou um remate do adversário.
- Taremi 6.2 – Rezam os números que o iraniano marcou ou assistiu nos quatro últimos jogos realizados na Liga NOS. Esta noite não fez nenhum golo, mas participou nos dois lances que fizeram a diferença no “placard”. Primeiro rematou num lance que Luis Díaz concluiu, e depois ofereceu o 2-0 a Evanílson.
- Guga 5.8 – Em apenas 26 minutos conseguiu ser o jogador rioavista com melhor avaliação. O médio falhou apenas dois passes em 15 feitos (87% de eficácia), registou três passes progressivos certos e 24 ações com o esférico.
- Marchesín 5.5 – Não foi muito chamado à ação, mas sempre que foi necessário disse presente. Ainda na primeira metade do desafio negou a glória a Dala e, instantes antes do 2-0, foi gigante e voltou a vencer um braço de ferro com o angolano.
- Marega 5.2 – Voluntarioso como sempre, o maliano não foi feliz, tendo coleccionado 14 perdas de posse e quatro maus controlos de bola. Ainda assim, registou cinco acções com a bola na área contrária, mas pecou no momento da definição.
Resumo
// GoalPoint