Há sete atividades que reduzem para mais de metade a probabilidade de desenvolver depressão. Beber álcool é uma delas. Mas em que modos?
Um estudo da Universidade de Cambridge conseguiu relacionar sete atividades, que podem ser feitas diariamente, com a diminuição para mais de 50% da probabilidade de ter depressão.
O estudo foi publicado no final do ano passado, na Nature Mental Health.
Barbara Sahakian, de Cambridge e uma das autoras do estudo, explicou o processo, descrito agora pela New Scientist.
O estudo analisou dados sobre o consumo de álcool e nicotina, atividade física, dieta, sono e relações de mais de 280.000 adultos no Reino Unido, recolhidos entre 2006 e 2010.
Nos 13 anos subsequentes, 12.916 foram diagnosticados com depressão.
Os resultados mostraram que os seguintes sete hábitos de vida estavam associados a um menor risco de depressão: abstenção de tabaco, sono adequado, exercício regular, dieta equilibrada, socialização frequente, redução de comportamentos sedentários e, com alguma surpresa, consumo moderado de álcool.
Os que seguiam cinco a sete desses hábitos tinham um risco 57% menor de depressão.
Dormir bem, exercitar e socializar apresentaram, particularmente, os benefícios mais significativos, cada um reduzindo o risco em cerca de 20%.
Mas pode não ser tão fácil quanto isso…
Maura Boldrini, da Universidade de Columbia, citada pela New Scientist, advertiu que a depressão pode dificultar a adoção desses comportamentos saudáveis, questionando a direcionalidade da relação entre estilo de vida e depressão.
“Não estou certa de que este efeito de causalidade seja unidirecional”, disse a especialista.
A conclusão do estudo é, no entanto, bem clara e consolidada: o nosso estilo de vida têm uma importância incontornável na nossa saúde mental.