/

Presidente nomeia Faustino Imbali primeiro-ministro da Guiné-Bissau

U.S. Department of State / Wikimedia

José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau

O Presidente da Guiné-Bissau nomeou Faustino Imbali para o cargo de primeiro-ministro, depois de, esta segunda-feira, ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes.

“É o senhor Faustino Fudut Imbali nomeado primeiro-ministro”, refere o decreto presidencial divulgado esta terça-feira à imprensa.

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu ontem o Governo liderado pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes, depois de uma reunião do Conselho de Estado, justificando a decisão com o que considera “uma grave crise política” que põe em causa “o normal funcionamento das instituições da República”.

José Mário Vaz, que concorre como independente às Presidenciais de 24 de novembro, responsabiliza o Governo pelo agravar da discórdia e desconfiança no processo de preparação das eleições, depois da repressão de um protesto não autorizado pelo Ministério do Interior, em Bissau, ter causado um morto.

No Facebook, Aristides Gomes adiantou que mantém a agenda normal de trabalho no Palácio do Governo, apesar do decreto presidencial de demissão do Executivo.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) considerou ilegal o decreto presidencial que demitiu o Governo da Guiné-Bissau, reiterando o seu apoio a Aristides Gomes.

“Relativamente ao decreto presidencial nº 12/2019 de 28 de outubro, demitindo o governo atual dirigido pelo primeiro-ministro Aristides Gomes, cujo caráter ilegal é evidente“, a CEDEAO “lembra que este governo resulta de decisões da cimeira” de 29 de junho.

Na mesma nota, a CEDEAO expressa “grande preocupação pela evolução recente da situação política na Guiné-Bissau” e reitera “todo o seu apoio ao primeiro-ministro Aristides Gomes e ao seu governo”.

A mesma organização ameaçou aplicar sanções a quem perturbar o processo para as eleições presidenciais. “Todos que, de alguma maneira, travem o progresso harmonioso do processo eleitoral atualmente em curso com vista às eleições presidenciais de 24 de novembro serão sujeitos a sanções”, adiantou.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.