Carlos Natal, que em novembro se apresentou na corrida à presidência do partido (não indo além dos 5%), chegou a ser candidato à Câmara de Portimão mas acabou por ser afastado.
Agora, segundo noticia o Expresso, o empresário abandona o Chega, “com efeitos imediatos”, por deixar de se rever num partido que diz estar “capturado pelo sistema”.
O único adversário interno que disputou a liderança do Chega com André Ventura acaba de bater com a porta. Num email enviado nas primeiras horas deste sábado à Mesa do Conselho Nacional, Carlos Natal, “militante 842, solicita a sua desvinculação do partido “com efeitos imediatos“.
O empresário algarvio do setor da restauração justificou no Facebook a sua decisão: “Não me revejo mais num partido que é uma farsa, uma tirania, uma seita antidemocrática e, acima de tudo, um partido que foi capturado pelo sistema, onde o papagaio Messias replica conversas de café, sem qualquer sustentabilidade política”.
Em novembro do ano passado, Ventura foi novamente legitimado como presidente do Chega, tendo tido pela frente – e pela primeira vez – um adversário.
Mas Natal ficou-se por 5,22% dos votos, enquanto Ventura acabou reeleito com 94,78%. Na véspera da refrega, Natal já dizia que o partido estava “capturado pelo sistema” e acusava Ventura de agir “de forma ditatorial”. “Assim que apareci como candidato, fui logo apelidado de ‘rato’, que era preciso exterminar”, lamentava então.
O empresário chegou também a ser candidato do Chega à Câmara de Portimão nas eleições autárquicas de setembro.
No entanto, logo em junho, um desentendimento com as estruturas locais e nacionais do partido levou a que fosse afastado da candidatura, que, em rigor, só durou um mês, desde a apresentação do nome até à sua exoneração, feita por email.
Na mesma missiva, Natal também foi informado de que deixava de ser presidente da concelhia do Chega de Portimão.
Ainda hoje o empresário afirma desconhecer “as razões concretas que levaram à exoneração” e diz ter sido afastado da candidatura autárquica “por vontade” da comissão política distrital e da direção nacional do Chega.
O partido fez saber que o afastamento de Natal esteve relacionado com o anúncio do número dois da sua lista, que terá sido feito ao arrepio das normas internas: antes de serem divulgados, os nomes têm de ser aprovados pelos órgãos distritais e nacionais do Chega.
Para o seu lugar saltou Pedro Castelo Xavier, que acabou por ser um dos 19 vereadores eleitos pelo Chega nas autárquicas.
Neste momento, restam 16, uma vez que a vereadora eleita em Moura passou a independente logo em novembro devido a “divergências políticas” e, no início desta semana, o Chega retirou a confiança política a outros dois, os eleitos em Sesimbra e no Seixal (ambos por terem viabilizado orçamentos comunistas e o primeiro por também ter aceitado um pelouro).
Também a Castelo Xavier foi retirada a confiança política, mas pelo PSD e em 2014, por causa de um acordo que fizera com o PS Portimão. Antes de ser candidato (e agora vereador) do Chega, foi candidato do PSD à Câmara de Portimão nas autárquicas de 2013 e coordenador do Aliança no mesmo concelho.
Este já acordou…
Em contrapartida, à esquerda continuam todos anestesiados!
No Chega também há “esquerdas”?!
Esses malandros infiltram-se em todo o lado…
O lixo não faz falta nenhuma. Mais vale poucos mas bons, raçudos e corajosos.
DO LIXO AO LUXO – Das lixeiras putrefatas , após serem recicladas, produz-se o papel da imprensa, e, muito ALGO mais. [email protected]