Farmacêuticas ligadas a “epidemia de mortes” nos EUA

4

Um relatório divulgado na segunda-feira conclui que as empresas farmacêuticas que vendem alguns dos analgésicos mais lucrativos terão contribuído para uma “epidemia de mortes” relacionadas com o consumo de medicamentos opiáceos.

Um relatório que conclui uma investigação de 2017 denuncia “a capacidade da indústria de opiáceos de moldar a opinião pública” e levanta questões sobre o seu papel na chamada “epidemia de overdoses“, que terá custado “centenas de milhares de vidas americanas” nos últimos anos, avança o Jornal de Notícias.

De acordo com o relatório da senadora do estado de Missouri, Claire McCaskill, as empresas canalizaram 10 milhões de dólares para grupos de defesa e médicos que prescrevessem os medicamentos, entre 2012 e 2017.

As descobertas podem reforçar centenas de ações judiciais destinadas a responsabilizar as farmacêuticas que comercializam analgésicos opioides. Segundo os acusadores, 340 mil americanos morreram desde 2000 por problemas relacionados com o consumo de medicamentos deste género.

Dez estados e dezenas de cidades e condados americanos processaram empresas como Purdue, Endo International e Janssen Pharmaceuticals, da Johnson & Johnson, acusando-as de desencadear a epidemia ao minimizarem os riscos de dependência e overdose de analgésicos como OxyContin e Percocet.

A indústria farmacêutica é acusada de “ignorar provas” que mostravam que o uso de medicamentos deste género aumenta o risco de abstinência, abuso e dependência.

ZAP //

4 Comments

  1. Felizmente em Portugal a venda e distribuição destes medicamentos é bastante controlada não havendo em situações “normais” acesso fácil aos mesmos (Têm o mesmo nome ou composição idêntica) . Isto aplica-se á maioria dos países da UE.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.