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Erro 451: o lápis azul passou por aqui

ccacnorthlib / Flickr

Fahrenheit 451 insprou a escolha do novo código de erro da Internet

Fahrenheit 451 inspirou a escolha do novo código de erro da Internet

A partir de agora, quando um utilizador visitar um site que tenha sido bloqueado por razões legais (leia-se: censurado), deverá encontrar um erro 451, em vez do genérico erro técnico 403 forbidden – o que é considerado uma vitória para a transparência da internet.

O Internet Engineering Steering Group aprovou no dia 18 um novo código de erro. O novo código 451 significa “indisponível por razões legais“.

O número foi escolhido, diz-se, em função da proposta inicial que pretendia homenagear o escritor Ray Bradbury pela sua distopia de ficção científica Fahrenheit 451, que descreve uma sociedade em que os livros foram banidos pelo governo.

Há 3 anos fora proposto um novo código para as situações em que os conteúdos têm de ser excluídos por terem sido considerados ilegais, quaisquer que sejam as razões invocadas pelos tribunais: censura governamental, direitos de licenciamento, privacidade, blasfémia, ameaça de segurança, etc.

O romantismo da homenagem “casou” bem com a hierarquia dos códigos HTTP. A série 400 está reservada para os diversos erros que podem ocorrer.

O que sucede na web quando uma página não está disponível?

O servidor produz uma mensagem de erro que fornece alguma informação, por mínima que seja, acerca das razões da indisponibilidade.

Muito conhecidos são erros como o 500 internal server error, e o 403 fordidden. Mas o mais famoso será mesmo o 404 file not found, o temível ficheiro não encontrado.

Este tem sido mais utilizado pelas empresas e serviços que são forçados por lei a retirar páginas e, por força da mesma lei, não podem informar sobre as razões do bloqueio.

Mas esta sua utilização era contestada, por confundir erros normais, decorrentes das interações dentro da rede, com anomalias provocadas deliberadamente pelos homens.

Shifter

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