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Facebook treina sistemas a reconhecer tiroteios com vídeos policiais

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Julien Warnand / EPA

Para evitar casos como o que aconteceu em março na Nova Zelândia, quando um homem matou dezenas de pessoas em duas mesquitas e transmitiu o massacre em direto no Facebook, a rede social vai treinar os seus sistemas de inteligência artificial para reconhecer e bloquear esse tipo de vídeos.

Para isso, o Facebook vai usar footage de vídeos de treino de armas fornecido pela polícia britânica e pela norte-americana.

A empresa, que tem sido muito criticada pelo modo como permite o streaming desse tipo de imagens na Internet, já tinha imposto algumas restrições. Baniu também 200 organizações ligadas à supremacia branca – bem como 26 milhões de materiais ligados a grupos terroristas, segundo disse – além de expandir a sua definição de terrorismo para abranger outros tipos de violência ou ameaça de violência.

O aperfeiçoamento agora anunciado é mais um passo. Se funcionar como se pretende, o sistema será capaz de detetar ações violentas sem eliminar imagens de filmes ou séries – embora haja quem diga que são estas imagens que inspiram os massacres.

Há semanas, a propósito de massacres no Texas e no Ohio, o presidente Donald Trump culpou a “glorificação da violência” que os videojogos promovem. Isto apesar de pelo menos num dos casos o autor ter sido um supremacista branco que não consta ser fã de videojogos. Em contrapartida, teve acesso fácil a armas capazes de matar muita gente em muito pouco tempo.

Em maio, a polícia neozelandesa acusou de terrorismo Brenton Tarrant. As autoridades avançaram também com mais uma acusação de homicídio. No total, o australiano enfrenta 51 acusações por homicídio e 40 por tentativa de homicídio.

No dia 15 de março, 51 pessoas perderam a vida e várias dezenas ficaram feridas num ataque indiscriminado contra muçulmanos que se encontravam em duas mesquitas em Christchurch, antes da oração do meio-dia. Brenton Tarrant reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em direto na Internet o momento do ataque.

ZAP //

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1 Comment

  1. uma forma de censura dissimulada ! nao somos todos criancinhas impressionaveis ! esta a bloquear o acesso a informaçao real ! acho que deviam era se preocupar com a informaçao falsa que induz as pessoas em erro

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