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Pelo menos 49 mortos em ataque terrorista a mesquitas na Nova Zelândia

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Martin Hunter / EPA

Pelo menos 49 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após uma ataque a duas mesquitas na Nova Zelândia, que a primeira-ministra australiana, Jacinda Arden, classificou como um ataque terrorista.

O balanço inicial apontava para 40 mortos e 27 feridos, mas informação mais recente avançada pela polícia neozelandesa confirmou pelo menos 49 mortos e 48 feridos.

As autoridades sabem que dez pessoas foram mortas na mesquita Linwood Masjid e 30 na mesquita de Al Noor, perto de Hagley Park. Os locais das restantes mortes não foram ainda confirmados pela autoridadades.

Jacinta Arden disse que é óbvio que os ataques foram planeados durante bastante tempo. O nível de ameaça à segurança nacional foi entretanto elevado de baixo para alto.

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, revelou que um dos quatro detidos após o ataque a duas mesquitas da Nova Zelândia é um cidadão australiano. Um homem que se identificou como Brenton Tarrant, de 28 anos nascido na Austrália, reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em direto na Internet o momento do ataque.

Brenton Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurou justificar as ações. Scott Morrison adiantou que as autoridades australianas estão a ajudar na investigação e que os australianos ficaram chocados e indignados com o ataque, descrevendo o atirador como “um extremista de direita e um terrorista violento”.

A polícia neozelandesa, que procedeu à desativação de explosivos num carro no centro da cidade de Christchurch, deteve três homens e uma mulher. O comissário de polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, adiantou que a polícia desativou uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após o tiroteio numa das mesquitas.

Os ataques, com início às 13:40 (00:40 em Lisboa), aconteceram nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.

“Um dos dias mais negros da Nova Zelândia”

Para Jacinda Ardern, este é “um dos dias mais negros da Nova Zelândia”. “Um ato de violência sem precedentes que não tem lugar na Nova Zelândia“, disse Arden, que afirmou não poder ainda precisar o número definitivo de vítimas mortais, mas que confirmou que a polícia tem uma pessoa sob custódia relacionada com os incidentes que se desenrolaram “em diversos locais”.

Numa conferência de imprensa, a primeira-ministra disse que muitas pessoas afetadas podem ser migrantes ou refugiadas “que escolheram fazer da Nova Zelândia a sua casa”. “Esta é a sua casa. [Estas pessoas] são nós. A pessoa que perpetuou essa violência contra nós não é”, frisou.

A polícia neozelandesa aconselhou as pessoas a não se deslocarem a qualquer mesquita no país e para permanecerem dentro de suas casas.

O jornal New Zeland Herald noticiou que um dos atiradores transmitiu em direto durante 17 minutos o momento em que disparou sobre as pessoas que se encontravam no interior de uma das mesquitas.

Christchurch é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país com cerca de 376.700 habitantes, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Radicalismo contra radicalismo, assim vai vivendo o mundo e vão incendiando a humanidade com tantas divisões políticas ou religiosas que os mais radicais acabam por tomar decisões inaceitáveis e irreparáveis seja qual for do lado que estejam.

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