O Facebook não vai proibir publicidade política nem alterar as regras que permitem que políticos e partidos publiquem anúncios na rede social.
Em contrapartida, a rede social anunciou esta quinta-feira que vai aumentar a transparência dos anúncios políticos e dar mais controlo aos utilizadores. “Estamos a atualizar a nossa biblioteca de anúncios para aumentar o nível de transparência que ela oferece às pessoas e para lhes dar mais controlo sobre os anúncios que veem”, pode ler-se na publicação no site oficial do Facebook.
A decisão surge depois de a rede social ter sido alvo de críticas por anunciar que não iria fazer o fact-check de anúncios políticos. Mark Zuckerberg disse durante uma palestra numa universidade norte-americana, segundo o Observador, que não deviam ser as tecnológicas a decidir o que é verdade. “As pessoas devem ver os políticos como são”, disse ainda no Congresso norte-americano.
“Enquanto o Twitter optou por bloquear anúncios políticos e o Google optou por limitar o público-alvo de anúncios políticos, nós decidimos aumentar a transparência e dar mais controlo às pessoas quando se trata de anúncios políticos”, escreveu Rob Leathern, diretor de gestão de produtos da empresa, na publicação.
Leathern explicou que optaram por não limitar o alcance dos anúncios políticos, devido à “importância dessas ferramentas para alcançar públicos-chave de uma ampla variedade de ONGs, organizações sem fins lucrativos, grupos políticos e campanhas, incluindo comités republicanos e democratas nos EUA”.
Uma das maiores críticas do Facebook é, de acordo com o semanário Expresso, a senadora e candidata presidencial democrata Elizabeth Warren, que criou um anúncio assumidamente falso onde se dizia que o presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, apoiava a reeleição de Donald Trump. Zuckerberg não mandou retirar o anúncio.