Explosão em fábrica de pirotecnia faz 5 mortos e 3 desaparecidos

Nuno André Ferreira / Lusa

Quatro pessoas morreram hoje na sequência de várias explosões numa fábrica de pirotecnia

Quatro pessoas morreram hoje na sequência de várias explosões numa fábrica de pirotecnia em Lamego

Cinco pessoas morreram hoje na sequência de uma explosão numa fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego, e três ainda não estão localizados, disse à agência Lusa fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

A mesma fonte explicou que a esperança de encontrar com vida estas quatro pessoas “é muito diminuta”. Estariam a trabalhar nesta fábrica oito pessoas.

O proprietário da fábrica de pirotecnia está entre as quatro vítimas já confirmadas neste acidente, disse fonte da Câmara local.

A fábrica era uma unidade industrial pequena, de origem familiar. De acordo com a mesma fonte, as restantes vítimas já identificadas encontra-se também a filha do proprietário. As vítimas têm entre 22 e 52 anos.

A Polícia Judiciária foi já chamada a investigar várias explosões ocorridas na fábrica.

Em declarações à agência Lusa, o comandante territorial de Viseu da GNR, coronel Vítor Rodrigues, disse que estão no terreno 25 militares da GNR, responsáveis pela operação de segurança e isolamento da zona afetada pelas explosões.

O dispositivo inclui uma equipa de inativação de explosivos do comando de Viseu, “que está a vistoriar a área afetada, para garantir que não há nada que possa explodir ou deflagrar e ser seguro entrar. Temos aqui trabalho para várias horas”, indicou.

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, considerou uma “enorme tragédia” as mortes decorrentes das explosões. Segundo o autarca, o histórico dos incidentes em fábricas de pirotecnia é “conhecido”, mas, explicou Francisco Lopes, uma tragédia desta dimensão e com este número de mortos não há memória na região.

Segundo Nuno Sequeira, o presidente da Junta de Freguesia de Penajóia, Lamego, as instalações da fábrica de pirotecnia estão completamente destruídas.

O autarca Nuno Sequeira confirmou a existência de quatro mortos e de quatro pessoas desaparecidas, e explicou que as equipas ainda não conseguiram entrar nos escombros, por falta de segurança.

Nuno Sequeira acrescentou que esta é uma tragédia para toda a região e adiantou que algumas pessoas mais velhas afirmam que na década de 1980 terá existido um acidente semelhante, embora sem precisar se na mesma fábrica ou com tão elevado número de vítimas.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou entretanto que vai esta quarta-feira acompanhar as operações de socorro na fábrica de pirotecnia.

// Lusa

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