A misteriosa forma em diamante dos asteroides Bennu e Ryugu foi agora explicada num novo estudo de investigadores japoneses e norte-americanos.
Bennu e Ryugu são dois dos mais famosos asteroides conhecidos atualmente. A sua forma de diamante sempre foi um dos aspetos que intrigou cientistas ao longo dos tempos — mas, agora, esse capítulo pode ter sido finalmente fechado.
Uma equipa de investigadores do Japão e dos Estados Unidos mostraram que a forma dos asteroides, parecida a um diamante, pode ser explicada por sedimento de partículas.
Os investigadores do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão, e da Universidade Rutgers, nos EUA, propuseram um novo modelo de formação dos dois asteroides.
Os especialistas sugerem que as forças centrífugas geradas pela rotação do asteroide diminuem perto dos seus polos, o que leva a uma acumulação das rochas lá e dá uma elevação caraterística. As simulações realizadas confirmaram as previsões deste modelo.
O modelo também mostrou que estes dois asteroides obtiveram a sua característica forma bem cedo — o que confirma as análises geológicas.
Os resultados do estudo foram publicados, na semana passada, na revista científica Granular Matter.
Com meio quilómetro de comprimento, o Bennu é o asteróide mais perigoso do Sistema Solar, tal como um outro chamado 1950 DA. A trajetória e duração de 1.2 anos da sua órbita significa que vai aproximar-se várias vezes da Terra nos próximos séculos, com o potencial de poder colidir com o nosso planeta.
Um novo estudo da NASA analisou com mais detalhe a órbita do Bennu e aumentou ligeiramente a probabilidade de colisão com a Terra — mas calma, porque o risco continua muito baixo.
Por sua vez, a missão não tripulada Haybausa-2 recolheu no ano passado amostras do asteróide Ryugu e devolveu-as à Terra. Cientistas da agência espacial japonesa Jaxa revelaram ter ficado surpresos ao ver a quantidade de poeira que a sonda espacial recolheu do asteroide Ryugu.