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Exército norte-americano quer ter acesso à rede de satélites da SpaceX

tedconference/ Flickr

Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX

O exército dos Estados Unidos está de olho na Starlink, a constelação de satélites da SpaceX, cujo CEO é o multimilionário Elon Musk e que tem como objetivo levar Internet de banda larga a todos os cantos do mundo.

De acordo com a Technology Review, que avança a notícia esta semana, o exército norte-americano quer ter acesso a esta rede, que já lançou 700 satélites para o Espaço, mas pretende utilizá-la para um outro propósito: criar uma rede de navegação que será mais segura e de melhor qualidade de que o GPS.

Uma equipa de engenheiros da Universidade de Texas (UT) em Austin partilhou uma pesquisa online que descreve um sistema de navegação que é dez vezes mais preciso do que o GPS e menos vulnerável a falsificações ou interferências externas.

Segundo o MIT Tech Review, depois de a sua startup ter sido comprada pela Apple, o engenheiro da UT Austin, Todd Humphreys, conheceu oficiais do exército dos Estados Unidos que mostraram interesse em tirar a sua tecnologia do papel.

“Isto deu-nos uma audiência com pessoal da SpaceX, que gostou [do projeto], e o exército deu-nos depois um ano para investigar o problema”, explicou.

Para já, trata-se apenas de um projeto. No entanto, se a SpaceX concordar com a ideia e der acesso da sua rede de satélites ao exército dos Estados Unidos, até mesmo os satélites que já estão em órbita seriam capazes de contribuir para a rede de navegação – só precisariam de uma atualização de software.

Segundo Humphreys, os satélites de Elon Musk também melhorariam os dados de GPS em centímetros, uma vez que os satélites Starlink podem comunicar a 100 megabits por segundo em comparação com os 100 bits de um satélite GPS.

“Se tiveres um milhão de vezes mais oportunidade de enviar informações do teu satélite, os dados podem estar muito mais próximos da verdade”, disse o co-autor do estudo, Peter Iannucci, também em declarações ao MIT Tech Review.

ZAP //

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